As ações da Wells Fargo registraram um forte aumento, subindo 7,1%, após a divulgação da primeira atualização significativa das metas de lucratividade de médio prazo desde que os reguladores suspenderam a limitação no crescimento de ativos do banco. Essa alta representa a maior valorização diária desde 6 de novembro de 2022, quando o mercado reagiu positivamente à vitória de Donald Trump nas eleições, que gerou expectativas de redução nas regulamentações financeiras.
Com esse resultado, a Wells Fargo destacou-se como o melhor desempenho do dia no índice KBW Bank. No último mês, suas ações foram superadas apenas pelas da Comerica Inc., que se beneficiaram do anúncio de uma aquisição planejada pela Fifth Third Bancorp, uma das maiores transações bancárias previstas para 2025.
O analista Scott Siefers, da Piper Sandler & Co., elogiou os resultados e destacou que a Wells Fargo está “claramente na ofensiva” em relação ao mercado. Na terça-feira, a instituição elevou sua meta de retorno sobre o patrimônio tangível comum (ROTCE) para uma faixa de 17% a 18%, em comparação com os atuais 15%. Esse indicador é crucial, pois mede a eficiência do banco em gerar lucros disponíveis para os acionistas.
Além disso, no final de setembro, a Wells Fargo ultrapassou a marca de US$ 2 trilhões em ativos totais pela primeira vez, após o Federal Reserve retirar, em junho, uma penalidade que impedia o banco de crescer além do limite de US$ 1,95 trilhão definido em 2017. Essa restrição fez com que, durante esse período, as ações da Wells Fargo apresentassem desempenho inferior ao de quase todos os seus cinco maiores concorrentes.
Em entrevista à Bloomberg Television, Mike Santomassimo, diretor financeiro da Wells Fargo, anunciou que o banco planeja recomprar um volume semelhante de ações nos últimos três meses do ano em comparação com o terceiro trimestre, quando adquiriu aproximadamente US$ 6,1 bilhões em ações ordinárias.
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