O mercado de emissão bancária da plataforma XP anunciou, nesta quarta-feira (08), ofertas atraentes de produtos de renda fixa. Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) apresentam taxas prefixadas de até 14,35% ao ano com vencimento em 12 meses. Além disso, os títulos atrelados à inflação oferecem rentabilidades de até IPCA + 9,6%, enquanto os pós-fixados podem render até 100% do CDI.
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) também estão com taxas atrativas, oferecendo até 11,75% para vencimentos em 12 meses. Já os títulos de inflação relacionadas ao IPCA garantem rendimento de até 7,33%, e os pós-fixados oferecem até 88% do CDI.
No segmento das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), as taxas prefixadas podem chegar a 12,5%, com vencimentos em 12 meses. As LCIs atreladas ao IPCA pagam até IPCA + 6,8% ao longo de mais de 12 meses, enquanto os produtos pós-fixados oferecem até 89,5% do CDI após 1 ano.
Dados de Renda Fixa na XP
- LCD BNDES
Taxa: 91,5% do CDI
Vencimento: junho de 2030 - LCA Banco BV
Taxa: 90% do CDI
Vencimento: outubro de 2029 - CDB NBC Bank
Taxa: 101% do CDI
Vencimento: outubro de 2032
*As ofertas na plataforma da XP são limitadas à capacidade disponível do produto nesta quarta-feira (08).
A taxa dos depósitos interbancários (DIs) subiu na terça-feira (07), refletindo um movimento negativo nos mercados emergentes e a preocupação dos investidores com o cenário fiscal brasileiro. O aumento das taxas de juros foi influenciado por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que confirmou que a proposta de tarifa zero no transporte público integrará a campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar da queda nos rendimentos dos Treasuries — uma referência global de juros —, o impacto no mercado brasileiro foi substancial. A taxa do DI para janeiro de 2028 subiu para 13,535%, com um aumento de 7 pontos-base, enquanto o DI para janeiro de 2029 registrou 13,46%. No longo prazo, o contrato para janeiro de 2035 alcançou 13,785%, um salto de 12 pontos-base.
De acordo com Marcelo Muniz, head de Tesouraria do C6 Bank, a aversão ao risco nos mercados emergentes tem sido um tema constante, com o Brasil apresentando um desempenho inferior em comparação a outros países da América Latina. A percepção ampliada de risco fiscal levou investidores a buscar segurança, pressionando a parte longa da curva de juros.
O debate sobre novos gastos públicos continua a influenciar os prêmios exigidos pelos investidores. Rumores anteriores sobre a tarifa zero já afetaram o mercado, e a confirmação de Haddad sobre a proposta reforçou os temores de expansão fiscal, elevando as taxas em toda a curva de juros, especialmente nos prazos mais longos.
Na maior parte da sessão, o DI para janeiro de 2032 chegou a uma máxima de 13,815%, alta de 16 pontos-base, antes de recuar levemente no fechamento. Mecanismos de precificação indicam 99% de probabilidade de manutenção da Selic a 15% na próxima reunião do Copom em novembro, sinalizando a expectativa de juros elevados por um período mais prolongado.
No cenário externo, os rendimentos dos Treasuries caíram levemente, com o título de dez anos recuando 3 pontos-base, para 4,129%, em meio à paralisação parcial do governo dos EUA e declarações de membros do Federal Reserve. Contudo, esse alívio internacional não foi suficiente para suavizar o pessimismo local relacionado às incertezas fiscais no Brasil.
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