Com o crescimento do mercado financeiro, os investidores têm acesso a diversas estratégias para gerenciar seu dinheiro. Uma dessas opções é o investimento de impacto social, que busca não apenas retornos financeiros, mas também contribuir para a solução de questões sociais e ambientais. O Fundo Cristo Redentor, por exemplo, visa um retorno próximo ao CDI enquanto apoia a conservação do Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo moderno, além de financiar mais de 40 iniciativas sociais.
Gerido pela Galapagos Capital, o fundo reabriu para captação e está disponível para investidores de varejo, com aporte mínimo de R$ 500. A taxa de administração, de 1,3%, é totalmente destinada à preservação do Cristo Redentor e ao suporte de projetos sociais através do Santuário Cristo Redentor.
Diego Condado, sócio e gestor da Galapagos, relata que a iniciativa surgiu durante a pandemia de Covid-19, quando doações ao Santuário diminuíram significativamente. Com isso, a gestora criou um fundo acessível, permitindo que qualquer pessoa possa investir e obter retornos adequados sem precisar fazer doações. O fundo investe em cotas de outros fundos, priorizando uma carteira diversificada que inclui multimercados de baixa volatilidade e renda fixa. Condado ressalta que essa estratégia conservadora atende ao pedido do Santuário por segurança e busca preservar o capital investido, assegurando um retorno alinhado ao CDI.
Nos últimos 24 meses, até o fim de fevereiro, o retorno do fundo foi de 18,54%, comparado a 25,28% do CDI, enquanto o IHFA (Índice de Hedge Funds Anbima) subiu 15,64%. Condado defende que a performance do fundo não é sacrificada em nome do impacto social, afirmando que sua gestão é comparável a outros produtos do mercado e, em alguns casos, com resultados superiores a diversos Fundos de Fundos (FOFs).
Além dos aspectos financeiros, a Galapagos compartilha com os investidores informações sobre as iniciativas sociais apoiadas pelo fundo. Dentre elas, destacam-se cinco projetos voltados para crianças e adolescentes, incluindo a Obra do Berço, que atende crianças em risco social. O fundo também realiza ações para apoiar refugiados no Rio de Janeiro, ajudando-os na busca por emprego e acesso a aulas de português, além de promover a saúde de mães e filhos no Centro Social Nossa Senhora do Parto.
Condado observa que os investidores brasileiros estão cada vez mais preocupados com o impacto social de suas aplicações, especialmente os investidores institucionais. Apesar de as pessoas físicas serem a maioria entre os investidores do Fundo Cristo Redentor, os clientes corporativos representam um volume maior. Ele afirma que o mercado de investimentos de impacto continua a evoluir e que, em tempos de volatilidade, como o atual, esses investimentos podem ganhar força, à medida que crises fomentam a necessidade de produtos inovadores como esse.