A JSL (JSLG3) divulgou seu balanço referente ao primeiro trimestre de 2025, evidenciando um impacto significativo da taxa de juros em seus resultados financeiros. O lucro líquido ajustado da empresa caiu 7,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 45,1 milhões. Ramon Alcaraz, diretor-presidente da JSL, destacou que o resultado financeiro foi 14% menor que o registrado no quarto trimestre de 2024 devido à alta dos juros.
Apesar da queda anual, o lucro apresentou um aumento de 26,3% em relação ao trimestre anterior. O EBITDA ajustado da JSL atingiu R$ 458,2 milhões no primeiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 14% em relação a 2024. Em termos de comparação trimestral, houve uma evolução de 5,6%. A margem EBITDA ajustada aumentou 0,3 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2024, situando-se em 20,6%.
No aspecto da receita líquida, a JSL registrou um total de R$ 2,3 bilhões, refletindo um avanço de 12% em comparação anual. No entanto, em comparação trimestral, houve uma redução de 6,9%, atribuída à sazonalidade do negócio. Alcaraz mencionou que foram fechados novos contratos no valor de R$ 1,8 bilhão, que impulsionarão o crescimento nos próximos trimestres.
O capital expenditure (capex) líquido da empresa foi de R$ 64,8 milhões, uma queda expressiva de 85,4% em relação aos R$ 442,2 milhões do mesmo período de 2024. Em comparação com o último trimestre, a redução foi de 40,4%. Segundo a JSL, a queda nos investimentos se deve à escolha de alugar parte dos ativos necessários para suas operações, facilitando a desalavancagem.
A alavancagem se manteve estável em 3,04x Dívida Líquida/EBITDA. Ao final do trimestre, a empresa contou com um caixa de R$ 1,7 bilhão, além de linhas de crédito comprometidas de R$ 530 milhões, totalizando R$ 2,2 bilhões em liquidez disponível. Esse montante é considerado suficiente para cobrir a dívida de curto prazo em 1,5 vezes.