As bolsas de valores europeias encerraram a terça-feira, 29 de agosto, em sua maioria em alta, impulsionadas pela divulgação de resultados financeiros robustos de grandes empresas e pela análise dos impactos potenciais das tarifas comerciais.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avançou 0,55%, fechando em 8.463,46 pontos. Em Milão, o FTSE MIB registrou um crescimento de 1,09%, alcançando 37.874,75 pontos. A bolsa de Lisboa, PSI 20, subiu 1,37%, para 6.967,27 pontos, enquanto o DAX da bolsa de Frankfurt teve uma alta de 0,69%, fechando em 22.425,93 pontos. Em contraste, o CAC 40 de Paris caiu 0,24%, para 7.555,87 pontos, e o Ibex 35 de Madri recuou 0,66%, alcançando 13.366,90 pontos. Os dados apresentados são preliminares.
Entre as principais empresas com desempenho positivo, o Deutsche Bank teve um aumento de 5% e o HSBC subiu 2,6% em Frankfurt e Londres, respectivamente, impulsionados por resultados financeiros superiores às expectativas. A Rheinmetall, fabricante alemã de armamentos, destacou-se com uma elevação de 8,5% após superar as projeções de lucro.
No entanto, a BP, petroleira britânica, viu suas ações caírem 2,4% após divulgar um lucro inferior ao esperado. A Volvo, da Suécia, teve uma queda de 0,90% ao revisar para baixo suas projeções financeiras e advertir sobre o impacto das tarifas em seus resultados. A Adidas também enfrentou pressão tarifária, resultando em uma queda de 3,2% em seus papéis. A Lufthansa registrou uma redução de 4,5% nas ações, mesmo com a diminuição de seu prejuízo no trimestre, destacando os riscos associados a tensões geopolíticas e possíveis consequências sobre a demanda.
A situação tarifária permanece um ponto central de preocupação para os mercados. O presidente dos EUA, Donald Trump, busca formas de minimizar os efeitos das tarifas no setor automotivo, embora não haja indícios claros de avanço nas negociações com a China. O dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Piero Cipollone, alertou que a escalada da guerra comercial global pode resultar em um “efeito inquestionavelmente recessivo” nas economias envolvidas.
Na agenda econômica, o PIB da Espanha apresentou um crescimento de 0,6% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, levemente abaixo das previsões. Por outro lado, a confiança do consumidor na Alemanha se mostrou positiva, enquanto o índice de sentimento econômico da zona do euro registrou queda.