CINGAPURA (Reuters) – Nesta terça-feira, os preços futuros do minério de ferro apresentaram oscilações leves, enquanto investidores analisavam as novas tarifas temporárias impostas sobre diversos produtos de aço provenientes da China, em comparação com a demanda de minério desse país no curto prazo.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) teve um aumento de 0,21%, alcançando 711 iuanes (equivalente a US$97,26) por tonelada. Por outro lado, o minério de ferro de maio na Bolsa de Cingapura registrou uma queda de 0,87%, situando-se a US$98,5 por tonelada.
Preocupações relacionadas às tarifas inflacionárias têm impactado as exportações de aço, afetando assim as expectativas de demanda por minério de ferro no segundo trimestre, conforme apontou a corretora Galaxy Futures.
No dia anterior, a Índia anunciou uma tarifa temporária de 12% sobre algumas importações de aço, medida conhecida como taxa de salvaguarda, com o objetivo de restringir o aumento das importações em condições vantajosas, especialmente provenientes da China. Em resposta, Pequim acusou Washington de abusar das tarifas, alertando outros países para que evitem firmar acordos econômicos com os Estados Unidos que possam prejudicá-los.
Paralelamente, a produção de aço na China cresceu 4,6%, totalizando 93 milhões de toneladas em março, mesmo frente aos esforços do governo chinês para reduzir a capacidade, conforme informações da ANZ.
A ANZ também indicou que a elevada demanda por minério de ferro por parte das siderúrgicas, juntamente com a diminuição das importações, levou a uma redução acentuada nos estoques. Recentes dados da Steelhome revelam que os estoques totais de minério de ferro nos portos da China caíram 2,39% em relação à semana anterior, somando 134,6 milhões de toneladas em 18 de abril.
No que diz respeito à oferta, os volumes de embarques de minério de ferro da Austrália e do Brasil aumentaram em 0,1% na comparação com a semana anterior, segundo nota da consultoria Mysteel.