O salário-mínimo é a quantia mínima paga pelo governo a trabalhadores formais, destinada a cobrir despesas essenciais, como moradia, água, luz e alimentação. No Brasil, essa remuneração está significativamente abaixo do mínimo necessário para garantir uma vida confortável. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o valor estimado para uma vida digna em setembro de 2025 é de R$ 7.075,83, enquanto o salário-mínimo atual é de apenas R$ 1.518.
Esse montante é calculado com base nos preços da Cesta Básica de Alimentos no país. O mês de abril de 2025, por exemplo, deverá registrar uma disparidade acentuada entre o salário-mínimo e a quantia necessária para uma alimentação adequada, estimada em R$ 7.638,62.
As divergências entre esses valores não se limitam ao futuro: em dezembro de 2024, o valor mínimo necessário para viver ficou em R$ 7.067,68, após se manter na faixa dos R$ 6 mil desde 2022. Dados históricos desde 1994 indicam que o salário-mínimo necessário sempre foi superior ao dobro do valor estipulado pelo governo.
Atualmente, os ajustes do salário-mínimo são realizados com base na inflação, utilizando como referência o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), assim como no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Essa metodologia, em tese, visa garantir um maior poder de compra para os trabalhadores que recebem esse valor.