O seguro prestamista é uma solução financeira que visa **quitar, total ou parcialmente, uma dívida** em situações imprevistas, como morte, invalidez ou perda de renda do contratante. Essa modalidade de seguro é frequentemente oferecida durante a contratação de financiamentos, empréstimos ou cartões de crédito, mas pode também ser adquirida diretamente por clientes em plataformas digitais de instituições financeiras ou marketplaces, sem a necessidade de intermediários.
Diante de uma dúvida levantada por Dionísio A., leitor do InfoMoney, questionando se o seguro prestamista pode ser incluído em contratos de compra e venda de veículos como uma venda casada, é importante entender as regras que regem essa contratação.
Conforme informações do Grupo MAG, empresa especializada em serviços financeiros, o seguro prestamista **não é uma obrigatoriedade**. Ele deve ser apresentado de forma clara no contrato, permitindo que o consumidor tome uma decisão informada. “As instituições financeiras podem sugerir a adesão, mas não têm permissão para impor a cobrança. Caso a adesão ocorra sem a anuência do cliente, isso caracteriza **venda casada**, prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor”, explica a empresa.
A MAG ressalta que seus produtos são oferecidos com **transparência**, focando nas necessidades do cliente. O objetivo é garantir que a contratualização seja clara e livre de surpresas.
É relevante notar que o seguro prestamista **não é aplicável para quitar dívidas antigas**, como saldos de cartões de crédito em atraso. O capital segurado é limitado ao saldo devedor no momento do sinistro, não cobrindo multas, juros ou débitos pendentes.
Dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) indicam que, no primeiro semestre de 2025, os prêmios pagos pelos segurados em seguro prestamista totalizaram R$ 10,43 bilhões, refletindo um crescimento de 5,5% em comparação ao mesmo período de 2024. Atualmente, essa modalidade representa cerca de 25% do mercado de seguros pessoais, sendo superada apenas pelos seguros de vida, que correspondem a aproximadamente 50% das coberturas.
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