O grupo de dissidentes conhecido como “Joaquín González”, liderado pelo criminoso chamado “Calarcá”, estaria planejando um ataque contra a governadora do Tolima, Adriana Magali Matiz. Essa ameaça seria uma forma de retaliação pelas ações das autoridades que, até o momento, têm pressionado o grupo, responsável por extorquir e intimidar agricultores, comerciantes e caficultores da região.
Recentemente, um suposto plano de ataque veio à tona durante uma investigação da Polícia e da Justiça. O plano estaria sob a orientação de “Arley” ou “o Paisa”, um dos líderes financeiros do “Joaquín González”. Este homem foi preso no último fim de semana em uma operação militar na zona rural de Roncesvalles, que faz divisa com o estado do Vale do Cauca.
As notícias sobre o possível atentado geraram preocupação entre os cidadãos do Tolima e motivaram as autoridades locais a adotar medidas de segurança para proteger a governadora, que tem se dedicado a investimentos sociais e à segurança pública em seu governo. O lema de sua administração é “Com segurança no território”.
O coronel Andrés Vargas, que atua na Sexta Brigada do Exército, reconheceu a periculosidade da figura de “Arley” e mencionou que a investigação está em andamento para determinar a extensão de sua participação no plano contra a governadora. Ele afirmou que a prisão do líder debilitou significativamente a estrutura do grupo, que, anteriormente, conseguia arrecadar mais de 800 milhões de pesos por mês através de extorsões.
Adriana Matiz, que viaja frequentemente pelos 43 municípios do Tolima com sua equipe, comentou a situação, enfatizando que as ameaças não serão subestimadas, mas que governar com medo não é uma opção. Ela atribui as ameaças ao sucesso das operações de segurança realizadas ao longo do ano, que resultaram em mais de 200 ações contra organizações criminosas, incluindo 31 focadas nas dissidências que foram responsáveis por diversas prisões e apreensões de armamentos.
A governadora também destacou que as ações da polícia e do exército são essenciais para conter o avanço dos grupos que têm causado muitos problemas em sua administração, que incluem extorsões a vários segmentos da sociedade, como agricultores e comerciantes.
A presença dos dissidentes, como o “Joaquín González”, é notável em várias partes do Tolima, especialmente em municípios como Rovira, San Antonio e Roncesvalles. Fações ligadas a “Mordisco” também operam em áreas importantes para a produção de café.
Um dos golpes mais significativos contra o grupo foi registrado em julho, quando “Libardo González”, um dos seus principais líderes, foi abatido em confrontos com as forças de segurança. Além disso, este ano, “May”, outro líder envolvido em homicídios, foi capturado, junto com “Capotillo”, destacado pela violência contra líderes sociais.
A governadora concluiu afirmando que as condições de segurança melhoraram o suficiente para permitir a realização de eventos importantes, como o Encontro Sul-Americano pela Defesa da Cordilheira dos Andes, que contou com a participação de representantes de vários países, além de autoridades ambientais e grupos de defesa do meio ambiente do Brasil.

