No ano passado, a atriz Flávia Alessandra, ao completar 50 anos, começou a perceber os primeiros sinais da menopausa. Os sintomas iniciais foram a insônia e uma dor intensa no ombro. A atriz inicialmente acreditou que a dor fosse causada pelo uso de um traje pesado durante um desfile de Carnaval, onde foi musa da escola de samba Salgueiro. Contudo, descobriu que essa dor estava relacionada à menopausa e chamava-se síndrome do ombro congelado.
Flávia Alessandra destacou que essa experiência a fez perceber a falta de informação sobre a menopausa. Ela comentou que muitas pessoas acreditam que a menopausa se resume apenas a ondas de calor, mas que, na verdade, o corpo passa por diversas mudanças. Desde então, a atriz começou a se aprofundar no assunto, lendo, estudando e conversando com médicas e outras mulheres. Para ela, discutir a menopausa é quase um ato político, pois é importante romper com o silêncio e o estigma que cercam essa fase da vida.
Além de compartilhar sua experiência, Flávia Alessandra enfatizou que os sintomas iniciais da menopausa a ensinaram a prestar mais atenção ao seu corpo. Antigamente, ela costumava ignorar sinais de cansaço e sobrecarregava sua agenda com compromissos. Com o surgimento dos novos sintomas, especialmente a dor no ombro, ela se deu conta de que seu corpo estava pedindo cuidados. Hoje, a atriz afirma que respeita mais seus limites e ajusta seu ritmo de vida de acordo com suas necessidades.
A síndrome do ombro congelado, também conhecida como capsulite adesiva, é uma condição que provoca rigidez e dor na articulação do ombro, prejudicando os movimentos do braço. Isso acontece quando a cápsula que envolve a articulação do ombro se inflama e se torna rígida, formando aderências que restringem a mobilidade.
Além das alterações hormonais que ocorrem durante a menopausa, essa síndrome pode ser também desencadeada por imobilização prolongada após lesões ou cirurgias, além de estar associada ao diabetes. Os sintomas normalmente se desenvolvem de forma lenta, começando com dor constante e levando à perda quase total dos movimentos.
O tratamento costuma incluir fisioterapia, que ajuda a recuperar a movimentação do ombro, uso de medicamentos anti-inflamatórios e, em casos mais graves, pode ser necessário realizar infiltrações ou cirurgias para liberar a cápsula do ombro.

