O governo do Paraguai anunciou que vai declarar o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas. A declaração foi feita nesta quinta-feira, 30 de novembro, e vem junto com a ativação de um alerta máximo na fronteira com o Brasil. Essa decisão ocorre após uma grande operação policial contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortes.
Cíbar Benítez, ministro do Comando de Defesa Nacional do Paraguai, informou que o decreto para essa declaração deve ser assinado nas próximas horas. Ele destacou que há motivos suficientes para essa ação, que terá um impacto significativo nas operações de segurança.
Além disso, Benítez anunciou que a vigilância na fronteira com o Brasil será intensificada. O ministro explicou que essa medida não se limita apenas à atividade de inteligência e à presença de forças de segurança, mas incluirá um aumento nos recursos humanos e materiais disponíveis para defesa e segurança na região.
As autoridades paraguaias planejam enviar reforços para delegacias e para unidades das Forças Armadas que atuam ao longo da fronteira, especialmente na região leste. A ideia é garantir um maior controle e segurança para enfrentar possíveis desdobramentos relacionados a essas organizações.
Essa ação do Paraguai se une a uma movimentação semelhante da Argentina. Na terça-feira, 28 de novembro, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou que o Comando Vermelho e o PCC foram incluídos no Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo (Repet). Ela classificou essas facções como narcoterroristas, enfatizando a preocupação do país em relação a essas organizações.
Bullrich revelou que há atualmente 39 brasileiros detidos na Argentina, entre os quais cinco são associados ao Comando Vermelho e de sete a oito ao Primeiro Comando da Capital. Fontes do ministério da Segurança afirmaram que a inclusão das facções no registro estava prevista há cerca de um mês, mas o processo foi atrasado devido a mudanças no ministério das Relações Exteriores.

