Eliud Kipchoge, considerado um dos maiores maratonistas da história, fez um anúncio surpreendente: o Maratona de Nova Iorque, realizada hoje, será sua última competição. Durante uma entrevista, ele mencionou que sempre teve Nova Iorque em mente e que é o momento certo para iniciar uma nova fase na sua trajetória.
Kipchoge, que completará 41 anos no dia 5 de novembro, tem um impressionante currículo de 16 vitórias em 23 maratonas ao longo de seus 13 anos de carreira, incluindo 11 grandes corridas, o maior número já registrado por um atleta, tanto masculino quanto feminino. Ele é bicampeão olímpico e ex-detentor do recorde mundial, tendo completado quatro das dez maratonas mais rápidas já cronometradas.
Apoiando-o em sua jornada, mesmo que à distância, está sua esposa Grace Sugut Kipchoge. Casados há 20 anos, o casal tem três filhos: Lynn, Griffin e Gordon. Eles moram em Eldoret, no Quênia, onde Kipchoge divide seu tempo entre a casa da família e um campo de treinamento a 2.400 metros acima do nível do mar.
Kipchoge e Grace se conheceram quando eram vizinhos e colegas de escola, mas seu irmão Amos, amigo de Kipchoge, os apresentou formalmente. Em entrevistas, Grace destacou que se sentiu atraída pela natureza humilde e silenciosa do atleta. Ela também mencionou a disciplina de Kipchoge em relação ao tempo e à importância da pontualidade, especialmente nas manhãs de domingo, quando vão à igreja.
Grace fez um gesto especial em setembro de 2022, quando passou uma semana em jejum e orações para que seu marido vencisse a Maratona de Berlim. Seus esforços resultaram em um sucesso notável, quando Kipchoge quebrou seu próprio recorde mundial, completando a corrida em 2:01:09. Ela expressou sua alegria e surpresa após a vitória, considerando seu jejum como um milagre.
Além de sua dedicação como esposa, Grace também demonstrou um gosto por viajar. Em uma entrevista, ela compartilhou suas preferências por destinos na Ásia, como Hong Kong e Japão, e mencionou Laikipia, uma das 47 regiões do Quênia, como seu lugar favorito. Apesar de suas viagens, ela ressaltou a prudência de Kipchoge em relação ao orçamento e aos gastos.
Juntos, o casal tem se empenhado em criar uma organização sem fins lucrativos. Durante a pandemia, eles apoiaram atletas e trabalharam para fornecer absorventes reutilizáveis a meninas carentes. Com ajuda de doadores locais, Grace afirmou que esses esforços formam a base da Fundação Eliud Kipchoge, que visa desenvolver talentos esportivos, promover educação e conscientização ambiental. Eles também adotaram 130 acres da Floresta Kaptagat para iniciativas de reflorestamento, um projeto que ela considera importante para deixar um legado positivo.

