Stefano Di Carlo foi eleito o novo presidente do River Plate em uma votação histórica que ocorreu no último sábado. O evento aconteceu no Estádio Más Monumental, onde mais de 25 mil sócios participaram, estabelecendo um recorde de comparecimento nas eleições do clube.
Di Carlo, que era o secretário geral da diretoria anterior liderada por Jorge Brito, assumerá oficialmente o cargo na próxima segunda-feira. Com apenas 36 anos, ele se torna o presidente mais jovem da história do River Plate, um recorde que remonta a 1933, quando Antonio Vespucio Liberti assumiu.
Ele obteve 61,77% dos votos, totalizando 15.960 sufrágios. Os outros candidatos, Carlos Trillo, Luis Belli, Daniel Kiper e Pablo Lunati, ficaram com 16,22%, 9,68%, 8,29% e 4,04%, respectivamente.
O novo presidente enfrentará um dos principais desafios do clube: reorganizar a equipe de futebol. A situação se agravou desde que Marcelo Gallardo passou a comandar o time, afastando a diretoria da tomada de decisões regulares no dia a dia do elenco. A expectativa é que, com Di Carlo no comando, haja um retorno ao diálogo e ao controle da gestão esportiva.
Di Carlo terá apoio de outros dirigentes que seguem a mesma linha da administração que já dura mais de uma década, desde a presidência de Rodolfo D’Onofrio. Seus vice-presidentes serão Andrés Ballotta, Ignacio Villarroel e Mariano Taratuty, uma continuidade clara das diretrizes do governo atual, que almeja novos objetivos durante os próximos quatro anos até o fim de 2029.
Enquanto isso, o River Plate continua sua luta no Torneio Clausura, buscando garantir uma vaga na Copa Libertadores do próximo ano. O time, que já enfrentou eliminações em competições importantes nesta temporada, terá um jogo crucial contra o Gimnasia de La Plata neste domingo. A partida é vista como um teste real das chances do clube de voltar ao torneio continental em 2026. Para isso, o River precisa vencer o Clausura ou garantir um dos últimos lugares disponíveis na tabela anual.
No cenário atual, o River Plate figura em terceiro lugar na classificação, com 52 pontos, atrás de Boca Juniors e à frente de Argentinos Juniors e Deportivo Riestra, todos com 51 pontos. Após o jogo com o Gimnasia, o time enfrentará o Boca Juniors em um Superclássico agendado para 9 de novembro, que poderá ser decisivo para suas aspirações.
A eliminação do River na Copa Argentina na última semana intensificou as críticas ao trabalho de Gallardo. Nos últimos meses, o clube também sofreu derrotas em outras competições, como a eliminação nas semifinais da Libertadores de 2024 e na Supercopa Internacional.
Durante sua votação, Di Carlo comentou a importância do futebol para os torcedores e a necessidade de avaliações no final da temporada para corrigir o que for necessário. Ele ressaltou o compromisso da diretoria em ouvir e agir conforme as expectativas dos fãs.
Di Carlo também enfatizou a tradição familiar que carrega, com seu avô tendo sido presidente do clube, o que simboliza um forte laço com a história do River. Ele expressou seu desejo de continuar o trabalho iniciado por D’Onofrio e Brito, buscando sempre deixar um legado positivo para o clube.
Sob a nova gestão, Di Carlo promete continuar investindo em melhorias no estádio e no Centro de Alto Rendimento para as divisões inferiores, que conta com mais de 5.000 metros quadrados, além de modernizar as instalações para os mais de 350 mil sócios do River Plate.
O oficialismo do River Plate permanecerá à frente do clube por mais quatro anos, após uma trajetória que começou com D’Onofrio em 2013, e Di Carlo não poderá se reeleger devido a mudanças no estatuto do clube realizadas em 2023.

