O Conselho de Administração da Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, anunciou a distribuição de remuneração aos acionistas. O valor aprovado é de R$ 3,581771057 por ação, tanto para ações ordinárias quanto para ações preferenciais da classe especial da companhia. Com base na quantidade de ações em circulação, o total a ser distribuído chega a R$ 15,3 bilhões, que será pago entre janeiro e março de 2026.
Os acionistas que possuem ações da Vale ao fim do pregão da B3, bolsa de valores no Brasil, no dia 11 de dezembro de 2025, terão direito a receber esse pagamento. A partir do dia 12 de dezembro de 2025, as ações da Vale serão negociadas sem o direito aos dividendos.
Os pagamentos para os acionistas ocorrerão em duas datas diferentes. No dia 7 de janeiro de 2026, será pago um valor de R$ 1,244102486 por ação na forma de dividendos. Em seguida, no dia 4 de março de 2026, os acionistas receberão R$ 0,768133538 por ação como dividendos, além de R$ 1,569535033 por ação como juros sobre o capital próprio, uma maneira comum de distribuir lucros entre os acionistas.
Para os investidores que possuem os American Depositary Receipts (ADRs), que são recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York, a remuneração será concedida a quem tiver esses papéis até o dia 12 de dezembro de 2025. Os ADRs da Vale serão negociados sem direito aos dividendos a partir de 12 de dezembro de 2025. Os pagamentos para os detentores de ADRs ocorrerão em 14 de janeiro e 11 de março de 2026, através do agente depositário dos ADRs da empresa.
Os dividendos e os juros sobre o capital próprio declarados são baseados no balanço da empresa referente a 30 de setembro de 2025 e fazem parte da antecipação da destinação do resultado do exercício de 2025. Essa distribuição contempla a remuneração mínima prevista na Política de Remuneração aos Acionistas da Vale.
Além disso, a companhia alerta que o valor a ser pago pode sofrer pequenas variações até as datas de corte em função de seu programa de recompra de ações, que pode afetar o número total de ações em circulação. Caso haja alteração, a empresa se compromete a informar os acionistas sobre o valor final a ser pago.
Os juros sobre o capital próprio são uma forma de remuneração que as empresas utilizam para distribuir lucros. Diferentemente dos dividendos, o JCP é tratado como despesa financeira e permite que a companhia deduza esse valor do cálculo do Imposto de Renda, gerando benefícios fiscais. Para os acionistas, o recebimento é tributado diretamente na fonte com uma alíquota de 15%.

