BRASÍLIA, 18 de dezembro (Reuters) – O Banco Central do Brasil revisou suas previsões de crescimento econômico para os próximos anos. No Relatório de Política Monetária publicado nesta quinta-feira, a expectativa para o crescimento do PIB em 2025 foi ajustada de 2,0% para 2,3%. A projeção para 2026 também foi melhorada, passando de 1,5% para 1,6%.
Em contrapartida, o Ministério da Fazenda havia estimado em novembro um crescimento de 2,2% para o PIB em 2025, e 2,4% para o ano seguinte. Já de acordo com a mais recente pesquisa Focus, o mercado projeta uma expansão de 2,25% para 2025 e 1,80% para 2026.
Ainda no relatório, a autoridade monetária aumentou a previsão para o déficit das transações correntes em 2023, que passou de US$ 70 bilhões para US$ 76 bilhões. No entanto, a expectativa para os Investimentos Diretos no País (IDP) foi elevada de US$ 70 bilhões para US$ 75 bilhões em 2025.
Dentre as estimativas da balança comercial, o Banco Central espera um superávit de US$ 52 bilhões para este ano, ligeiramente abaixo da projeção anterior de US$ 54 bilhões. A despesa líquida com viagens foi mantida em US$ 14 bilhões.
Para 2026, as previsões incluem um déficit nas transações correntes de US$ 60 bilhões, um IDP de US$ 70 bilhões e um superávit na balança comercial de US$ 64 bilhões. A estimativa para a despesa líquida com viagens também se mantém em US$ 13 bilhões.
Quanto ao crédito no Brasil, em 2023, é esperada uma expansão de 9,4%, superior à estimativa anterior de 8,8%. Para 2026, o ritmo de crescimento é previsto em 8,6%, em comparação a 8,0% anteriormente. Em relação ao crédito às famílias, a expectativa agora é um aumento de 10,4% em 2025, contra 9,4% anteriormente. Para as empresas, a previsão permanece em 8,0%.
Para 2026, a autarquia espera um crescimento do crédito às pessoas físicas de 9,0% e para as empresas de 7,9%. No que tange ao crédito livre, a projeção para 2025 foi ajustada para 8,1%, enquanto o crédito direcionado, regulado pelo governo, deve crescer 11,3%.
Em 2026, é esperado que o crédito livre tenha um aumento de 7,8% e o crédito direcionado, de 9,7%.

