O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, destacou, nesta terça-feira, 11, que diversas iniciativas estão sendo implementadas para aumentar a segurança do sistema de pagamentos instantâneos, o Pix. Durante uma transmissão ao vivo em comemoração aos cinco anos do Pix, Gomes enfatizou a relevância da reputação como um dos bens mais valiosos desse arranjo de pagamentos.
“A percepção de que o sistema é confiável é fundamental. O Banco Central tem se empenhado para preservar esse ativo”, afirmou. Ele detalhou algumas das recentes medidas adotadas, que incluem a exigência de que as informações do titular de uma chave Pix correspondam aos dados registrados na Receita Federal, além de um limite de R$ 15 mil para transações realizadas através de instituições financeiras não autorizadas.
Iniciativas de Segurança
O diretor do BC anunciou que mais ações para reforçar a segurança do Pix estão em desenvolvimento. Entre essas medidas, está a definição clara do que constitui uma “fundada suspeita de fraude”. Essa classificação atualmente depende da interpretação das instituições receptoras, mas o Banco Central busca estabelecer parâmetros objetivos para evitar inseguranças jurídicas.
Além disso, o Banco Central está em diálogo com o mercado para padronizar os alertas sobre fraudes dentro do sistema. Uma nova funcionalidade que permitirá a usuários bloquear a criação de novas chaves Pix vinculadas ao seu CPF também está sendo planejada, embora sem data de lançamento definida.
Robustez do Sistema
Gomes reafirmou que o Pix é um sistema seguro, com volume de fraudes menor em comparação a outros arranjos de pagamentos. Ele atribuiu a percepção de insegurança à migração de fraudes do ambiente físico para o digital, enfatizando que o Banco Central permanece vigilante e proativo em monitorar e reforçar a segurança do sistema.
Internacionalização do Pix
O Banco Central está igualmente apoiando as iniciativas voltadas para a internacionalização do Pix. Segundo Gomes, a autarquia valida esses projetos, garantindo que todos os requisitos de prevenção à lavagem de dinheiro (PLD) e compliance sejam respeitados.
O diretor expressou otimismo pelas soluções em desenvolvimento, que poderão incluir a integração do Pix com outros sistemas de pagamento. Ele afirmou que essas inovações são uma área de intenso acompanhamento por parte do Banco Central e que mudanças significativas são esperadas nos próximos anos.
Além das funcionalidades já mencionadas, Gomes citou o potencial do Pix em garantia e em duplicata, prevendo que o futuro trará uma gama de novos produtos que transformarão o mercado de crédito e pagamentos no Brasil, embora de forma discreta.

