São Paulo (Reuters) – O Ministério da Agricultura do Brasil recebeu notificação das autoridades chinesas sobre a proibição de exportação de cinco unidades produtoras de soja para a China, conforme informado na quinta-feira, 27 de outubro.
Na quarta-feira, o diário Folha de S.Paulo noticiou que a China havia rejeitado a entrada de 69 mil toneladas de soja brasileira devido à identificação de vestígios de trigo tratado com pesticidas no porão do navio que transportava a carga.
Segundo o ministério, apesar da restrição, o Brasil conta com mais de 2 mil unidades habilitadas para exportação de soja à China. No entanto, detalhes adicionais sobre as unidades afetadas não foram divulgados.
Em reação à notificação, o Ministério da Agricultura afirmou que o governo brasileiro realiza avaliações com “transparência, responsabilidade e agilidade” quando notificado sobre qualquer inconformidade.
A reportagem da Folha de S.Paulo destaca que as exportações de duas fábricas da Cargill e de outras três controladas por Louis Dreyfus, CHS Agronegócio e 3Tentos estão suspensas a partir dessa quinta-feira, em decorrência do incidente.
Até o momento, a Cargill, Louis Dreyfus e CHS Agronegócio não comentaram sobre a situação, e a 3Tentos optou por não se manifestar.
O Ministério da Agricultura ressaltou que o Brasil mantém uma relação sólida e estratégica com a China, prevendo exportações superiores a 100 milhões de toneladas de soja para o país asiático neste ano, consolidando sua posição como maior parceiro comercial agrícola do Brasil.


