O relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, revelou que a mediana da projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 caiu de 4,33% para 4,32%, marcando a sétima redução consecutiva. Esse número representa uma diferença de 0,18 ponto percentual abaixo do teto da meta de inflação, que é 4,50%. Em comparação com o mês passado, quando a estimativa era de 4,43%, a queda se torna ainda mais significativa. Para as 111 projeções revisadas na última semana, a expectativa diminuiu de 4,32% para 4,31%.
A estimativa para o IPCA de 2026 também se reduziu, passando de 4,06% para 4,05%, sendo esta a sexta baixa consecutiva. Há um mês, a previsão era de 4,17%. Analisando as 110 atualizações recentes, a mediana recuou de 4,07% para 4,06%.
O Banco Central projeta que o IPCA será de 4,4% em 2025 e 3,5% em 2026, conforme indicado no mais recente ciclo de comunicações do Comitê de Política Monetária (Copom). Já no segundo trimestre de 2027, a expectativa é que a inflação em 12 meses se mantenha em 3,2%.
Na última reunião, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 15% pela quarta vez consecutiva. O colegiado ressaltou que essa estratégia prolongada é necessária para garantir que a inflação convirja para a meta estabelecida.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua e baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com um centro de 3% e uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O descumprimento desta meta por seis meses consecutivos também implica que o Banco Central perdeu o alvo. Este cenário ocorreu após a divulgação do IPCA referente a junho. Em novembro, a inflação acumulada em 12 meses foi registrada em 4,46%, abaixo do teto.
O último Relatório de Política Monetária reafirmou o compromisso do Banco Central com a convergência da inflação para o centro da meta de 3%. O texto menciona que “o reenquadramento da inflação dentro dos limites estabelecidos para a faixa de tolerância é uma etapa natural do processo de convergência à meta”.
Para a inflação de 2027, a mediana do Focus se manteve em 3,80% por oito semanas consecutivas, enquanto para 2028 a expectativa é de 3,50%. Além disso, a mediana da Selic para o fim de 2026 permaneceu em 12,25%, um pequeno aumento em relação a 12,0% de um mês atrás, e a projeção caiu para 12,13% considerando as últimas 88 estimativas.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária, a Selic permanece em 15%, em consonância com a estabilidade observada na mediana do Focus para o fim de 2025, que se mantém inalterada há 24 semanas. As previsões para o fim de 2027 estão fixadas em 10,50%, enquanto a mediana para 2028 se mantém em 9,75%, um aumento em relação ao 9,50% do mês anterior.

