O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) se pronunciou nesta terça-feira (30) em apoio à autarquia no contexto do caso do Banco Master, destacando sua preocupação com tentativas de politicização. A entidade criticou iniciativas que possam gerar antagonismos entre o Banco Central e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em comunicado oficial, o Sinal expressou seu *veemente repúdio* a qualquer esforço que busque envolver o Banco Central em disputas político-eleitorais.
Recentemente, o Banco Central anunciou que submeteria algumas instituições financeiras ao regime de liquidação extrajudicial, uma decisão que provocou um intenso debate público. Segundo o Sinal, as análises sobre a ação têm sido polarizadas, com alguns afirmando que houve demora na decretação do regime, enquanto outros alegam precipitação. O texto ressalta que existe uma tentativa de pressionar a instituição e criar um clima de confronto desnecessário.
O Sindicato também alertou que tais posturas tendem a desinformar a população e a fragilizar o diálogo público, comprometendo a credibilidade das instituições. A nota reafirma a confiança na *técnica e na integridade* dos servidores do Banco Central, essenciais para as decisões da autarquia.
O Sinal ressaltou que a atuação do Banco Central, amplamente reconhecida tanto nacionalmente quanto internacionalmente, tem sido crucial para a manutenção de um sistema financeiro sólido e confiável durante crises financeiras globais. A entidade se manifestou otimista de que os esclarecimentos necessários serão fornecidos aos órgãos competentes no momento oportuno.
Além disso, o documento expressou um *repúdio absoluto* a tentativas oportunistas de usar a situação para promover a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023. Segundo o sindicato, essa proposta é prejudicial aos interesses da sociedade e poderia comprometer a autonomia técnica dos servidores do Banco Central, que se fundamenta em garantias legais que os protegem de pressões externas indevidas.
O Sinal argumentou que a retirada do Banco Central do regime do direito público criaria insegurança jurídica e enfraqueceria a natureza pública da instituição, afetando a capacidade de seus servidores de desempenharem suas funções com segurança e autonomia.
As decisões do Banco Central têm um impacto significativo na sociedade, e a autarquia enfrenta pressões de diversas origens—políticas, sociais e de mercado—o que ressalta a importância de que seus colaboradores permaneçam protegidos pelas garantias do direito público e do Regime Jurídico Único. Essas proteções são essenciais para que os servidores exerçam plenamente suas responsabilidades.

