No dia 4 deste mês, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) prestou homenagem a 13 jornais que fazem parte de sua história e que possuem mais de 100 anos de trajetória. Entre esses veículos está o Estadão, que neste ano completou 150 anos de atividade. O presidente-executivo da ANJ, Marcelo Rech, destacou a importância desses jornais centenários como guardiões da história do Brasil, enfatizando que eles têm o papel de documentar a vida pública e manter o compromisso com a verdade.
A presença de jornais com mais de um século de funcionamento é um sinal de que, mesmo em tempos de mudanças e desafios, ainda há uma parcela da população brasileira que valoriza a informação de qualidade. Essa informação é produzida com rigor e seguindo altos padrões éticos. A manutenção de veículos dessa natureza é essencial para a democracia, pois possibilita que as pessoas participem de discussões políticas bem informadas, baseadas em fatos e verdades compartilhadas.
Os jornais centenários, por sua longa trajetória, tornam-se referências importantes no debate nacional. Eles são parte da memória coletiva do Brasil, testemunhas de transformações sociais e políticas que moldaram o país. Para alcançar essa credibilidade, esses veículos construíram sua reputação ao longo de décadas, oferecendo análises e informações que ajudam os cidadãos a tomar decisões, desde as mais simples até as mais significativas.
Além disso, a influência da imprensa tradicional se dá pela sua legitimidade, que é conquistada com o tempo. Jornais que resistem ao passar dos anos acabam se tornando símbolos de uma sociedade que valoriza a informação confiável. O papel desses veículos é ainda mais crítico em um cenário onde há tentativas de deslegitimar a imprensa. Para aqueles que buscam distorcer fatos em benefício próprio, jornais sérios representam um obstáculo que deve ser combatido.
Entretanto, os desafios são grandes. A imprensa enfrenta competição de novas tecnologias, como a inteligência artificial e as redes sociais, que muitas vezes dificultam o debate público e podem espalhar desinformação. Essa luta por espaço se intensifica à medida que a velocidade das mudanças tecnológicas continua a aumentar.
Apesar das dificuldades, é fundamental entender que tecnologias podem ser aliadas. Jornais que sobreviveram a mudanças significativas ao longo do tempo têm uma oportunidade única de se reinventar e explorar novas formas de se conectar com seu público, mantendo-se como fontes de informação confiáveis.
Assim, a continuidade de jornais como o Estadão e outros que têm mais de um século de história é crucial. Eles não apenas refletem os sentimentos e demandas da sociedade, mas também atuam como um freio ao poder, contribuindo para a construção de uma democracia sólida e participativa.

