O advogado Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, foi encontrado morto na manhã de quinta-feira, dia 2 de novembro, em uma rua do bairro Higienópolis, em São Paulo. A descoberta ocorreu após ele ficar três dias sem se comunicar com amigos e familiares, levando-os a se preocupar com seu desaparecimento e acionar as autoridades.
Ao chegar ao local, a polícia encontrou Pacheco caído ao solo recebendo atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Uma testemunha informou à polícia que havia visto um homem em dificuldades, apresentando convulsões e problemas para respirar, o que a motivou a chamar as forças de segurança.
Luiz Fernando foi levado para o Pronto-Socorro da Santa Casa, onde, infelizmente, não sobreviveu. Inicialmente, ele não tinha documentos consigo, e a sua identificação só foi possível após um exame de impressão digital feito pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.
As autoridades estão investigando as circunstâncias de sua morte, que ainda são desconhecidas. Amigos e colegas do advogado relataram que ele não estava ativo nos grupos de mensagens desde a terça-feira, dia 30, o que levantou preocupações sobre seu bem-estar.
A comunidade da advocacia está em estado de choque com a perda de Pacheco. Leonardo Sica, presidente da OAB de São Paulo, expressou sua tristeza ao afirmar que perderam um advogado excepcional, comprometido com causas justas e defensor dos direitos dos cidadãos. O presidente destacou a paixão, energia e ética que Pacheco trouxe à sua atuação profissional.
Luiz Fernando Pacheco foi um dos fundadores do grupo Prerrogativas, que também lamentou sua morte. O coordenador do grupo, Marco Aurélio de Carvalho, destacou seu papel como um dos advogados criminalistas mais respeitados do Brasil, enfatizando sua generosidade e notável trajetória profissional, marcada por importantes casos, como a defesa de José Genoino no escândalo do mensalão.
Com mais de 20 anos de atuação no direito penal, Pacheco começou sua carreira em 1994 no escritório de Márcio Thomaz Bastos. Em 2000, ele se tornou sócio do renomado advogado e, em 2013, fundou seu próprio escritório. O perfil de Pacheco em seu site ressalta sua experiência e a colaboração com grandes nomes da advocacia, refletindo seu compromisso com um alto padrão ético e técnico na defesa de seus clientes.