O bitcoin, a principal criptomoeda do mundo, conseguiu se destacar em setembro, mesmo em um mês marcado por forte volatilidade. Até o momento, a criptomoeda apresenta uma alta de cerca de 4%. Se essa valorização se confirmar, será superior à alta de 3,73% do índice S&P 500, um dos principais indicadores da bolsa de Nova York, que, após quedas históricas, viu o mercado se reaquecer com expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos.
Setembro se mostra, assim, como um dos meses mais fortes para o bitcoin nos últimos anos. Após uma queda de 6,5% em agosto, que se seguiu a uma alta de 8% em julho, o desempenho até agora em 2023 é positivo, com um crescimento acumulado de 21,3%. Nesse mesmo período, o S&P 500 subiu 13%.
Analistas do mercado parecem otimistas com a possibilidade de o bitcoin alcançar novamente a marca de US$ 115.000, tendo atingido uma máxima de US$ 124.592 em meados de agosto. Afirmam que se os níveis de suporte atuais se mantiverem, o mercado pode estar se preparando para novas altas significativas.
No entanto, a situação ainda é delicada. Um executivo de uma plataforma de negociação de criptomoedas apontou que o suporte na faixa de US$ 111.000 será crucial para a determinação de uma nova tentativa de valorização. Apesar de setembro ter apresentado resultados melhores do que o usual, a força do dólar e incertezas regulatórias nos Estados Unidos e na União Europeia seguem exercendo pressão sobre o mercado, fazendo com que muitos investidores permaneçam cautelosos.
Enquanto isso, o ether, a segunda maior criptomoeda, teve um desempenho mais complicado em setembro, com uma queda de cerca de 7,2%. Essa desvalorização foi impulsionada por liquidações em larga escala de posições longas. O ether perdeu suportes críticos em US$ 4.200, e sua resistência se consolidou entre US$ 4.360 e US$ 4.550. A situação é considerada um teste técnico importante, pois a manutenção da região de US$ 4.000 é vista como vital para evitar riscos adicionais de desvalorização.
Na manhã do último dia do mês, o bitcoin estava cotado a US$ 113.647, com uma leve alta de 0,2% nas últimas 24 horas. Em reais, o valor estava em torno de R$ 603.762. Já o ether registrava um pequeno aumento, cotado a US$ 4.168.
Entre outras criptomoedas, o XRP, da Ripple, estava em baixa de 0,6%, cotado a US$ 2,86. A Solana tinha uma leve alta de 0,4%, a US$ 208,64, enquanto o BNB, da Binance Smart Chain, recuava 0,2%, a US$ 1.010. O valor total do mercado de criptomoedas era de US$ 3,98 trilhões.
Analistas ressaltam que, apesar das oscilações de setembro, o cenário permanece positivo para o bitcoin. Embora os investidores tenham adotado uma postura mais cautelosa em relação ao mercado, as entradas significativas de capital nos ETFs de bitcoin e ethereum no início do mês demonstraram um interesse institucional renovado. No entanto, nas últimas semanas, os fluxos de investimento diminuíram, com prevalência de saídas. Oportunidades de compra podem surgir para aqueles que têm uma visão de longo prazo, porém é importante prestar atenção aos próximos dados econômicos que possam influenciar o mercado.
Perspectivas otimistas indicam que há potencial para valorização do bitcoin entre US$ 100 mil e US$ 130 mil, impulsionado pela crescente confiança do mercado e pela expectativa de maior clareza nas regulamentações.