O Bradesco, um dos maiores bancos do Brasil, divulgou nesta quarta-feira os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2025. O banco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões, o que representa um aumento de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
As expectativas de analistas apontavam para um lucro um pouco menor, de R$ 6,05 bilhões. Em um comunicado à imprensa, a diretoria do Bradesco destacou que continua a melhorar sua rentabilidade e manter sob controle os indicadores de inadimplência. Segundo eles, o banco avança na transformação de suas operações, o que contribui para aumentar a competitividade a longo prazo.
Sem ajustes, o lucro líquido contábil também foi de R$ 6,20 bilhões, mantendo a mesma alta de 18,8% em comparação com o terceiro trimestre de 2024. O presidente-executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, enfatizou o compromisso da instituição em continuar elevando os lucros nos próximos trimestres, sempre com passos seguros.
O retorno sobre o patrimônio líquido, um importante índice de avaliação da rentabilidade do banco, registrou 14,7%, ligeiramente acima dos 14,6% do trimestre anterior e bem superior aos 12,4% do mesmo período do ano passado. A carteira de crédito expandida também mostrou um desempenho positivo, com um crescimento de 9,6% comparado ao ano anterior, totalizando R$ 1,03 trilhões. Desse total, R$ 451,6 bilhões são de crédito a pessoas físicas, com um crescimento de 13,8% em relação ao ano anterior. O crédito para pessoas jurídicas ficou em R$ 582,7 bilhões.
As receitas totais do banco foram de R$ 35 bilhões, o que representa uma alta de 13,1% se comparado ao terceiro trimestre de 2024. A margem financeira, que é o ganho que o banco obtém com atividades relacionadas a crédito e captação, teve um aumento de 16,9% no mesmo período.
No entanto, a receita com recuperação de crédito caiu 16,7%, totalizando R$ 805 milhões em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Apesar disso, a inadimplência total acima de 90 dias permaneceu estável em 4,1%, mesmo nível do trimestre anterior e um pouco abaixo dos 4,2% verificados um ano atrás.
O índice de capital de nível 1 ficou em 13,4%, enquanto o índice de capital principal foi de 11,4%. O Bradesco não fez alterações em suas previsões para o ano, que incluem um crescimento da carteira de crédito expandida entre 4% e 8%, além de uma margem financeira líquida entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões. Até o final de setembro, a margem financeira líquida acumulada do ano foi de R$ 29,64 bilhões.
No final de setembro, o Bradesco operava com 2.059 agências, uma redução em relação às 2.168 do mês de junho e às 2.355 agências que possuía um ano antes. O número de funcionários no banco também diminuiu, somando 81.657 no final de setembro, uma queda em relação a 82.147 em junho e 84.018 no mesmo mês do ano anterior.

