A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em romper com os líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL) gerou reações de desprezo entre os parlamentares, tanto da base do governo quanto da oposição. Motta, que é do Republicanos e representa a Paraíba, enfrentou críticas em razão dessa atitude.
Deputados do PT e do PL, apesar de pertencentes a lados opostos do espectro político, concordam que o rompimento de Motta demonstra sua fragilidade na presidência da Câmara. Uma parlamentar do PL chegou a destacar que é incomum um presidente da Casa romper relações com lideranças partidárias, uma vez que ele precisa do apoio delas para manter um bom relacionamento com seus colegas deputados.
O deputado Lindbergh Farias, líder do PT, não se manifestou negativamente após o anúncio do rompimento, mas a bancada petista se reunirá nesta terça-feira para discutir a situação atual da Câmara e definir suas prioridades. Dentro do PT, há uma percepção de que a decisão de Motta reflete sua falta de experiência em lidar com a complexidade das relações políticas. Os parlamentares petistas acreditam que ainda há espaço para reconstruir os laços por meio de conversas.
Além disso, muitos mencionam que Motta carrega o peso das promessas feitas durante sua campanha à presidência da Câmara, especialmente em relação a uma possível anistia que envolve ambos os partidos. Essa situação acaba aumentando as dificuldades enfrentadas pelo deputado em seu papel atual.

