O ministro Cristiano Zanin, relator do processo, votou contra a federalização do caso de Cariani, um influenciador que enfrenta denúncias graves. Os ministros Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia também apoiaram essa decisão durante um julgamento virtual que teve início na sexta-feira da semana passada e se encerra hoje.
Zanin argumentou que os crimes aos quais Cariani responde pertencem à jurisdição da justiça estadual. O influenciador é acusado de envolvimento com associação para o tráfico de drogas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Embora a investigação tenha começado pela Polícia Federal, isso, segundo Zanin, não torna o caso automaticamente da Justiça Federal.
O relator esclareceu que a investigação inicial pela Polícia Federal, que se baseou na suspeita de falsificação de dados em um sistema da União, não é suficiente para transferir a responsabilidade do caso para a Justiça Federal. Zanin ressaltou que não houve evidências concretas de que os crimes teriam causado danos aos interesses da União, o que é um critério para definir a competência da justiça federal. Por conta disso, ele reafirmou que o caso deve ser tratado pela justiça estadual.
A defesa de Cariani foi contatada para comentar sobre essa decisão, mas até o momento não houve uma resposta. No entanto, o espaço para manifestação permanece aberto.
Para entender melhor a situação, a denúncia que foi aceita pela Justiça revela que Cariani e seus sócios supostamente fizeram parte de uma organização criminosa. Essa organização teria desviado produtos químicos controlados, essenciais para a produção de drogas ilegais como a cocaína, utilizando documentos fiscais falsos para encobrir as atividades ilícitas.

