O membro do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia, Francisco Vargas Camacho, revelou que estão ocorrendo tentativas de deslegitimar os resultados das eleições gerais no país. Camacho afirmou que também existe uma estratégia para intimidar os membros do Tribunal Eleitoral.
Em uma postagem em suas redes sociais, Camacho alertou a população e a comunidade internacional sobre um plano em andamento que visa ignorar a vontade expressa dos eleitores nas urnas durante as eleições de 17 de agosto. Ele mencionou que essa mensagem foi direcionada a organizações como a Comissão Internacional de Direitos Humanos, as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Além disso, Camacho comentou sobre as tentativas de impedir o segundo turno das eleições presidenciais, agendadas para o dia 19 de outubro. Ele destacou que, por meio de acusações sem fundamento, alguns grupos estão tentando criar um cenário que resultaria na prisão dos membros do órgão eleitoral, com o intuito de quebrar a ordem democrática e institucional do país.
Camacho defendeu a condução do processo eleitoral, afirmando que ele foi transparente e legítimo, reconhecido por missões de observação, por partidos políticos e por organizações da sociedade civil.
Em relação ao resultado do primeiro turno das eleições, que ocorreu em 17 de agosto, o Movimento para o Socialismo (MAS), atualmente no governo, sofreu uma derrota significativa. O candidato do partido, Eduardo del Castillo, recebeu apenas 3,2% dos votos válidos. Do outro lado, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão, foi o vencedor do primeiro turno, obtendo 32,18% dos votos. Ele irá competir no segundo turno contra Jorge “Tuto” Quiroga, ex-presidente e representante da coalizão Alianza, que ficou em terceiro lugar com 26,8% dos votos.