O Royale Union Saint-Gilloise, um clube belga de futebol, vive um momento marcante. Após 90 anos sem conquistar um título, a equipe alcançou o título da liga belga e se classificou para a Liga dos Campeões da UEFA pela primeira vez em sua história. O diretor esportivo do clube, Chris O’Loughlin, expressou sua surpresa e entusiasmo com as recentes conquistas e o impacto positivo na trajetória do clube.
O’Loughlin viveu momentos memoráveis durante essa jornada, como a participação no sorteio da Liga dos Campeões em Mônaco, onde viu o nome de seu clube ao lado de gigantes do futebol europeu. Ele também relembra a emoção de viajar para Eindhoven para a estreia na competição, onde, mesmo em meio ao trânsito, sentiu a magnitude da transformação que o clube passou nos últimos anos.
Na estreia da Liga dos Campeões, o Royale Union Saint-Gilloise enfrentou o PSV Eindhoven e obteve uma vitória impressionante por 3 a 1, fazendo história na competição. O’Loughlin assistiu a outros jogos da rodada e se surpreendeu ao ver nomes como Atlético de Madrid e Bayern de Munique como adversários.
O clube, fundado em 1897, teve um histórico de sucesso, conquistando 11 títulos belgas antes da Segunda Guerra Mundial, mas caiu para ligas inferiores nas décadas seguintes. A recuperação começou com uma mudança de direção em 2018, resultando na volta à Primeira Divisão em 2021. Desde então, o clube não apenas se destacou, mas também se tornou um competidor sério, apesar das dificuldades financeiras e da concorrência acirrada no futebol belga.
O sucesso do clube é atribuído não apenas à nova administração, mas também à dedicação de pessoas como O’Loughlin, que ressaltam a importância de uma visão de longo prazo e um ambiente positivo para o crescimento dos jogadores e da equipe. Ele menciona desafios enfrentados, como invernos rigorosos e condições de treinamento precárias, que agora são apenas parte do passado, já que o clube investiu em melhores infraestruturas, incluindo um novo centro de treinamento.
Os jogadores também têm um papel importante nessa história. Christian Burgess, um defensor inglês, é um exemplo de como os atletas têm contribuído para a ascensão do clube. Ele se juntou ao time quando estava na segunda divisão e agora é o capitão em sua primeira participação na Liga dos Campeões.
A política de contratações do clube foi uma combinação de aquisições interessantes e vendas lucrativas. Jogadores jovens foram comprados por valores acessíveis e, após se destacarem, vendidos por quantias significativas. O’Loughlin também menciona como o clube soube resistir à pressão externa quando o desempenho da equipe foi questionado no início da temporada.
Apesar dos desafios recentes, a continuidade no comando técnico e o comprometimento dos jogadores trouxeram estabilidade ao clube. O’Loughlin aponta que essa estabilidade é fundamental para o futuro e para continuar a história de sucesso que o Royale Union Saint-Gilloise está vivendo.
O clube, agora mais estruturado, com novas instalações e melhores recursos, planeja seguir investindo e se desenvolvendo. O’Loughlin conclui que o Royale Union Saint-Gilloise não considera a participação na Liga dos Campeões um fim, mas sim um novo começo, e está em constante evolução para se tornar uma força significativa no futebol europeu. Momentos marcantes ainda estão por vir.