As contas do Governo Central apresentaram um déficit primário de R$ 15,564 bilhões em agosto, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Esse saldo vem após um déficit de R$ 59,124 bilhões registrado em julho. O resultado de agosto representa o melhor desempenho para o mês desde 2021, superando a marca de R$ 22,162 bilhões do mesmo período no ano anterior, considerando valores nominais.
Além disso, o resultado foi superior à mediana das previsões de instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast, que estimavam um déficit primário de R$ 20,250 bilhões. As projeções variaram de R$ 14,600 bilhões a R$ 33,600 bilhões, todas indicando déficit.
No acumulado do ano até agosto, o Governo Central acumula um déficit de R$ 86,068 bilhões. No mesmo período do ano passado, esse número era de R$ 98,402 bilhões. Em termos de receitas, houve um crescimento real de 7,1% em relação a agosto do ano passado, enquanto as despesas aumentaram 5,3%, ajustadas pela inflação. No total acumulado, as despesas apresentaram um crescimento real de 2,4%.
Nos últimos 12 meses até agosto, o déficit do Governo Central atingiu R$ 26,6 bilhões, representando 0,25% do PIB. Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a divulgar a relação entre despesas e PIB, uma medida do arcabouço fiscal que visa estabilizar os gastos públicos. Neste intervalo, as despesas obrigatórias corresponderam a 17,29% do PIB, enquanto as discricionárias do Executivo totalizaram 1,41%.
Para 2025, o governo planeja um resultado primário neutro, com tolerância para um déficit de até R$ 31 bilhões. O limite de gastos para o ano está fixado em R$ 2,249 trilhões.