Faustão na Lista de Espera por um Coração
Fausto Silva, popularmente conhecido como Faustão, passou por um transplante cardíaco e ocupava a segunda posição na fila de espera da Central de Transplantes do Estado de São Paulo.
A escolha deste órgão específico para o apresentador se deu após a equipe médica do paciente em primeiro lugar recusar o coração disponível.
Dado o tipo sanguíneo B de Faustão, o período médio de espera para um coração varia entre 1 a 3 meses.
A urgência do seu caso foi reforçada pela declaração do Hospital Albert Einstein, onde o apresentador foi submetido à cirurgia. Ele permanece na UTI para monitorar a adaptação do novo órgão e potenciais rejeições.
Critérios de Priorização no Transplante Cardíaco
A priorização na fila de transplantes cardíacos não se baseia na fama ou na capacidade financeira, mas sim no estado de saúde do paciente.
A gravidade clínica é o principal determinante. Pacientes com necessidade de internação contínua, utilizando medicações intravenosas e máquinas de suporte sanguíneo, têm preferência.
Outros fatores também são considerados:
- Ordem de Cadastro: Pacientes são, em geral, atendidos conforme a ordem em que são inscritos no sistema.
- Tipo Sanguíneo: É imperativo que doador e receptor compartilhem do mesmo tipo sanguíneo.
- Compatibilidade Física: O tamanho e peso do doador e receptor devem ser compatíveis para garantir o sucesso do transplante.
- Distância Geográfica: O coração precisa ser transplantado em um período máximo de 4 horas após a remoção, denominado “tempo de isquemia”. Portanto, a proximidade geográfica entre doador e receptor é vital.
O Processo de Transplante no Brasil
A responsabilidade de incluir um paciente na lista de transplantes recai sobre o médico responsável, e a gestão dessa lista é feita pela Secretaria Nacional de Transplantes, vinculada ao Ministério da Saúde.
A logística envolvida, seja através de carros ou aviões, para o transporte do órgão, é custeada pelo SUS, garantindo que o tempo de isquemia seja respeitado.
O sistema de transplantes no Brasil é robusto e busca atender às necessidades dos pacientes de forma justa e equitativa, independente de serem atendidos pelo setor público ou privado.