O Banco Central (BC) divulgou, nesta quarta-feira (25), as perspectivas para a inflação, indicando que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá permanecer acima do centro da meta de inflação, fixada em 3%, pelo menos até o primeiro trimestre de 2028. Essas informações fazem parte do Relatório de Política Monetária (RPM) referente ao terceiro trimestre.
No cenário de referência do BC, a inflação acumulada em 12 meses deverá passar de 5,4% no segundo trimestre de 2023 para 5,3% no terceiro, com uma previsão de fechamento em 4,8% para o ano de 2025. A expectativa é que o IPCA diminua para 4,0% no primeiro trimestre de 2026, suba para 4,1% no segundo trimestre, ceda novamente para 4,0% no terceiro e termine o ano de 2026 em 3,6%.
No primeiro trimestre de 2027, o BC projeta uma inflação acumulada de 3,4%, que se manterá nesse nível também no segundo trimestre. A expectativa é de uma desaceleração para 3,3% no terceiro trimestre e 3,2% ao final do ano. Já para o primeiro trimestre de 2028, a previsão é de 3,1%, ainda 0,1 ponto percentual acima da meta central.
- Inflação em Preços Livres:
- 5,0% no fim de 2025
- 3,5% no fim de 2026
- 3,3% no primeiro trimestre de 2027
- 3,0% no primeiro trimestre de 2028
- Inflação em Preços Administrados:
- 4,3% em 2023
- 3,8% em 2024
- 3,8% no primeiro trimestre de 2027
- 3,4% no final do horizonte de projeções
No relatório, o BC também destacou que, em comparação com a avaliação anterior, as projeções de inflação apresentaram leve queda para 2025 e estabilidade para o horizonte relevante da política monetária. Os fatores que têm pressionado a inflação para cima incluem o dinamismo do mercado de trabalho, em um contexto de hiato positivo, e o aumento nas previsões de energia elétrica residencial. Contrapõem-se a esses fatores forças baixistas como a redução das expectativas de inflação e a valorização do real.