O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou uma queda de 0,36% em outubro, revertendo a alta de 0,42% observada em setembro. O resultado, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (30), ficou acima da expectativa de analistas, que previam uma redução de apenas 0,22%. Com essa variação, o índice acumula um aumento de 0,92% nos últimos doze meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que compõe 60% do IGP-M e mede as variações nos preços atacadistas, também apresentou queda de 0,59% em outubro, após um incremento de 0,49% no mês anterior. Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, a diminuição nos preços foi influenciada pela baixa nas commodities agrícolas, como leite in natura, café em grão, soja em grão e bovinos.
No âmbito do IPA, as matérias-primas brutas sofreram deflação de 1,41% em outubro, em contraste com o aumento de 1,47% registrado em setembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-M, apresentou uma desaceleração na alta, passando para 0,16% em outubro, comparado a 0,25% no mês anterior.
O grupo Habitação foi o principal responsável pela desaceleração dos preços ao consumidor. As tarifas de energia elétrica residencial diminuíram em 1,78%, depois de um aumento de 4,76% em setembro, devido à mudança na bandeira tarifária de vermelha patamar 2 para vermelha patamar 1.
Além disso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou uma elevação de 0,21%, mantendo a mesma taxa do mês anterior.
O IGP-M é calculado com base nas variações de preços captadas entre o dia 21 do mês anterior e o 20 do mês de referência.



