BRASÍLIA – A dívida pública bruta do Brasil apresentou uma queda em março, impulsionada pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e resgates líquidos de títulos, apesar das pressões nos gastos com juros. O setor público consolidado registrou um superávit primário de R$3,588 bilhões, beneficiado por resultados positivos dos governos regionais. Economistas consultados pela Reuters projetavam um saldo positivo de apenas R$1,5 bilhão.
Conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira, a dívida bruta do governo geral alcançou 75,9% do PIB em março, apresentando uma leve redução em relação aos 76,1%% do mês anterior.
Essa variação foi fortemente influenciada pelo crescimento do PIB, que resultou em uma diminuição de 0,6 ponto percentual na dívida bruta, além do resgate líquido de títulos públicos, que contribuiu com 0,3 ponto percentual. Esses fatores compensaram o aumento de 0,8 ponto percentual gerado pelos gastos com juros da dívida.
Em contrapartida, a dívida líquida do setor público subiu para 61,6% do PIB em março, em comparação a 61,4%% no mês anterior. O superávit primário do mês de março foi atribuído a um resultado positivo de R$6,460 bilhões dos governos regionais, que compensaram déficits de R$2,305 bilhões do governo central e de R$566 milhões das empresas estatais.