O cenário nos mercados financeiros hoje é marcado pela atenção dos investidores à publicação da ata do Copom e aos dados de serviços no Brasil. Esses eventos devem impactar as negociações logo na abertura do mercado local.
Além disso, o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos em abril está no radar dos investidores, juntamente com as discussões do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, com banqueiros na Holanda, que podem fornecer pistas sobre a futura política monetária americana.
No exterior, as bolsas europeias e os futuros de Nova York apresentam sinais divergentes, enquanto os juros dos Treasuries recuam levemente e o dólar oscila próximo à estabilidade em relação a outras moedas principais, mas mostra recuo frente a diversas moedas emergentes e ligadas a commodities.
O anúncio da Casa Branca sobre tarifas sobre US$ 18 bilhões em importações chinesas, incluindo aço e veículos elétricos, alimenta as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Na Europa, a Bolsa de Londres registra alta, impulsionada pelos ganhos da BHP, enquanto ações da Anglo American recuam cerca de 3% após a divulgação de uma reestruturação que envolverá a venda de ativos.
Em Nova York, os investidores aguardam novos dados de inflação ao produtor (PPI) dos EUA e comentários dos dirigentes do Fed, incluindo Jerome Powell, cujas falas costumam influenciar as expectativas para os juros.
Com sinais de persistência inflacionária, os analistas preveem que o Federal Reserve não iniciará a redução de juros antes de setembro.
No Brasil, o alívio nos rendimentos dos Treasuries deve impactar os ajustes dos ativos locais, juntamente com a divulgação da ata do Copom e os resultados do volume de serviços no país.
Os economistas do mercado financeiro estão atentos à ata da reunião de maio do Copom, em busca de mais informações sobre os motivos que levaram quatro membros a votarem por um novo corte de 0,50 ponto percentual na Selic.
Na Bolsa, os investidores irão analisar diversos resultados corporativos do primeiro trimestre, incluindo os de Natura e Petrobras.
Com a volatilidade do petróleo e a queda do minério de ferro na China, o dólar e os juros dos Treasuries devem encontrar direção com base nos sinais da ata do Copom e nos indicadores de atividade e inflação nos EUA, além das declarações dos dirigentes do Fed, especialmente Powell.