O dólar apresenta valorização em relação ao real nesta terça-feira, dia 7, acompanhando um movimento de alta da moeda americana frente a outras divisas internacionais. O mercado está de olho nas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que concedeu uma entrevista nesta manhã.
Cotação do Dólar
Às 15h43, a cotação do dólar à vista registrava um aumento de 0,75%, sendo negociado a R$ 5,350 na venda. Na B3, o contrato futuro de dólar com vencimento mais próximo apresentava valorização de 0,57%, cotado a R$ 5,374.
Dólar Comercial
- Compra: R$ 5,350
- Venda: R$ 5,351
Dólar Turismo
- Venda: R$ 5,362
- Compra: R$ 5,542
No cenário interno, os investidores acompanham a votação da Medida Provisória 1.303 de 2025, que está agendada para hoje na comissão mista do Congresso. Essa proposta visa redefinir as normas de tributação sobre apostas, aplicações financeiras e ativos virtuais, buscando recuperar parte da arrecadação perdida após a rejeição do aumento do IOF.
A MP prevê o aumento da tributação sobre apostas de quota fixa (bets) e altera as regras para fundos de investimento, como letras de crédito (LCI e LCA) e fundos imobiliários. Além disso, introduz novas normas para operações na bolsa, empréstimos de ativos, investimentos estrangeiros e ativos virtuais.
Em uma entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, Haddad expressou otimismo quanto à estratégia atual, destacando que tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto o presidente dos EUA, Biden, manifestaram interesse em superar as controvérsias recentes entre os dois países.
Lula e Biden concordaram em um encontro pessoal em datas futuras, após uma conversa inicial que foi caracterizada como amistosa pelo governo brasileiro. A XP, por sua vez, revisou sua estimativa de corte da Selic para maio, projetando o dólar a R$ 5,50 em 2026.
Nos Estados Unidos, a atenção se volta para discursos de membros do Federal Reserve (Fed). O mercado espera um corte de 25 pontos-base nas taxas durante a reunião programada para os dias 28 e 29 de outubro, em resposta a dados que indicam um enfraquecimento no mercado de trabalho.
Os traders avaliam uma probabilidade de 83% para um corte adicional em dezembro, conforme indica a ferramenta FedWatch do CME Group. A preocupação com aumentos nos gastos fiscais no Japão e a instabilidade política na França pressionaram o iene japonês e o euro, que registraram desvalorização em relação ao dólar nesta terça-feira. Além disso, Sanae Takaichi, um forte candidato à primeira-ministra do Japão, prometeu uma postura econômica mais agressiva, criticando os recentes aumentos nas taxas de juros pelo Banco do Japão.
(Com informações da Reuters)