O Conselho Curador do FGTS se reúne nesta terça-feira para deliberar sobre mudanças nas normas de financiamento habitacional com recursos do fundo. A nova regra, que tem grande chance de aprovação, permitirá que trabalhadores utilizem parte do saldo de suas contas vinculadas para abater o valor das prestações de empréstimos antigos na compra de imóveis avaliados em até R$ 2,25 milhões. Atualmente, essa possibilidade está restrita a imóveis com valor de até R$ 1,5 milhão.
Essa alteração representa uma adequação às normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no início de outubro, que elevou o limite de financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. O SFH é composto por recursos do FGTS e da caderneta de poupança e oferece juros limitados a 12% ao ano.
A pressão por parte dos bancos para a consolidação das novas regras reflete o desejo de acelerar a concessão de crédito imobiliário. Além disso, o CMN aprovou a liberação de crédito imobiliário com recursos da poupança e aumentou a cota de financiamento.
Orçamento do FGTS para 2026
O Conselho Curador do FGTS também deve aprovar um orçamento de R$ 160 bilhões para empréstimos habitacionais e projetos de saneamento no ano de 2026. Deste total, R$ 144 bilhões serão direcionados principalmente para o programa Minha Casa Minha Vida, essencial para promover acessibilidade habitacional no país.



