O Credit Suisse admitiu sua culpabilidade em um caso de conspiração para ocultar mais de US$ 4 bilhões da Receita Federal americana, envolvendo pelo menos 475 contas offshore. O reconhecimento da culpa foi anunciado nesta segunda-feira e resulta de uma investigação minuciosa realizada por autoridades policiais dos Estados Unidos, que visava desmascarar fraudes e ilícitos financeiros.
Como parte do acordo, o banco pagará um total de US$ 510.608.909 em penalidades, restituições, confiscos e multas. Além disso, a instituição financeira firmou um pacto de não acusação com a Divisão de Impostos do Departamento de Justiça e a Procuradoria dos EUA para o Distrito Leste da Virgínia, referente às contas de cidadãos americanos mantidas na unidade do Credit Suisse em Cingapura.
Entre janeiro de 2010 e aproximadamente julho de 2021, o banco suíço, que atendia uma clientela de alto patrimônio em nível global, conspirou com funcionários e clientes dos EUA para facilitar a ocultaçãO de sua propriedade e controle sobre ativos mantidos na instituição.
Ainda, entre 2014 e junho de 2023, o Credit Suisse em Cingapura gerenciou contas não declaradas de cidadãos americanos, com ativos totais que ultrapassam US$ 2 bilhões. No ano de 2023, após a fusão do UBS Cingapura com o Credit Suisse, o UBS se deparou com contas que pareciam não ser reportadas aos EUA, resultando no congelamento dessas contas e na divulgação proativa de informações ao Departamento de Justiça.