Os futuros de Nova York apresentaram alta na manhã desta sexta-feira, 2, impulsionados por um rali global nas ações, que se intensificou com a expectativa por dados de emprego dos EUA e a possibilidade de um alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
O S&P 500 já contabiliza oito dias consecutivos de crescimento, a maior sequência desde agosto, em meio ao otimismo sobre a diminuição das tensões comerciais que aumentaram após o anúncio de tarifas históricas pelo presidente Donald Trump no mês passado. Kevin Thozet, membro do comitê de investimentos da Carmignac, em Paris, declarou: “Parece que podemos ter chegado ao pico da incerteza política. Há conversas em andamento, e Trump parece ter amenizado algumas de suas políticas”.
Os investidores estão agora voltando sua atenção para os dados mensais de emprego nos EUA, com o objetivo de avaliar o impacto da guerra comercial sobre a economia americana. As expectativas crescem de que o Federal Reserve pode ser obrigado a iniciar cortes nas taxas de juros de forma mais rápida para evitar uma desaceleração econômica. Os mercados monetários já precificam quase quatro cortes de 0,25 ponto percentual até 2025, um a mais do que o antecipado antes do anúncio das tarifas em 2 de abril. Thozet alertou, no entanto, que “os investidores podem estar excessivamente otimistas em relação aos próximos cortes nas taxas de juros”.
As ações da Apple caíram 2,6% nas negociações pré-mercado, impactadas pela queda nas vendas na China, que vieram abaixo das expectativas. A Amazon também viu suas ações recuarem 2%, após apresentar uma previsão de lucro operacional que não atendeu às estimativas do mercado.
Estados Unidos
A expectativa do dia gira em torno da divulgação do Payroll, que apresenta os dados mais recentes de emprego nos EUA.
Desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro: +0,53%
- S&P 500 Futuro: +0,46%
- Nasdaq Futuro: +0,30%
Ásia-Pacífico
Na região Ásia-Pacífico, as ações subiram 1,6%, enquanto a China avaliava as oportunidades de negociação após declarações de altos funcionários dos EUA indicando disposição para diálogos. Trump reiterou que o presidente Xi Jinping precisa contatá-lo para iniciar as negociações. Na quarta-feira, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que cabe a Pequim dar o primeiro passo para desescalar as tensões. Embora tenha se mostrado aberto a negociações, o Ministério do Comércio da China apresentou sua posição como consistente com declarações anteriores.
- Shanghai SE (China): -0,23%
- Nikkei (Japão): +1,04%
- Hang Seng Index (Hong Kong): +1,74%
- Kospi (Coreia do Sul): +0,12%
- ASX 200 (Austrália): +1,13%
Europa
Na Europa, o índice Stoxx 600 subiu 0,9%, marcando o nono dia de alta, a maior sequência em quase um ano. As ações e o euro mantiveram seus ganhos após uma leitura preliminar que indicou estabilidade na inflação da zona do euro em 2,2% em abril, enquanto os economistas previam uma queda para 2,1%. A maioria dos mercados europeus estava fechado na quinta-feira devido ao feriado de 1º de maio. O FTSE 100, de Londres, terminou a sessão volátil com um leve avanço de 0,02%, alcançando 14 dias consecutivos de alta, igualando sua melhor sequência desde 2017.
- STOXX 600: +1,07%
- DAX (Alemanha): +1,68%
- FTSE 100 (Reino Unido): +0,78%
- CAC 40 (França): +1,57%
- FTSE MIB (Itália): +1,1%
Commodities
Os preços do petróleo também apresentaram alta nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, após declarações da China indicando abertura para negociações com os EUA, elevando as esperanças de desescalada na guerra comercial entre as duas potências econômicas.
- Petróleo WTI: -0,64%, a US$ 58,86 o barril
- Petróleo Brent: -0,56%, a US$ 61,78 o barril
- Minério de ferro na bolsa de Dalian: -0,78%, a 703.500 iuanes (US$ 96,77)
Bitcoin
- Bitcoin (BTC): +0,32%, a US$ 96.908 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
(Com informações de Reuters, CNBC e Bloomberg)