A Força Aérea de Israel realizou bombardeios nas proximidades do palácio presidencial na Síria na madrugada desta sexta-feira, 2 de novembro, após avisar o governo sírio sobre possíveis represálias caso as forças avançassem sobre vilarejos habitados pela minoria drusa no sul do país.
Este ataque aconteceu após dois dias de intensos confrontos entre milícias leais ao governo sírio e combatentes drusos nos arredores de Damasco. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, os confrontos resultaram em mais de cem mortes e várias dezenas de feridos.
O exército israelense confirmou, por meio de um comunicado, que suas aeronaves realizaram bombardeios na região adjacente ao Palácio do Presidente Hussein al-Sharaa, embora não tenham fornecido detalhes adicionais sobre a operação.
Veículos de comunicação pró-governo da Síria informaram que o ataque aéreo atingiu uma área próxima ao Palácio do Povo, situado em uma colina com vista da cidade.
A minoria drusa, que se originou no século X como um desdobramento do ismailismo, um ramo do islamismo xiita, representa uma população significativa na região. Aproximadamente metade dos cerca de 1 milhão de drusos no mundo está concentrada na Síria, enquanto muitos outros habitam o Líbano e Israel. Na Síria, eles se localizam principalmente na província de Sweida e em determinados subúrbios de Damasco, e estão presentes também nas Colinas de Golã, território israelense capturado durante a Guerra do Oriente Médio de 1967 e anexado em 1981.
Este episódio reflete a crescente tensão na região e a complexidade do conflito sírio, que continua a afetar diversas comunidades, incluindo a drusa. (Com informações de agências internacionais).