O lucro líquido da rede de restaurantes Madero teve um crescimento significativo, passando de R$ 2,8 milhões no primeiro trimestre de 2024 para R$ 53,2 milhões entre janeiro e março de 2025. O empresário Junior Durski, fundador do grupo, destacou a retomada da expansão da empresa, que havia enfrentado dificuldades no passado e acumulado uma dívida bilionária. Durante o primeiro trimestre, a rede inaugurou um novo Madero Steak House em São Paulo e um restaurante híbrido (Madero e Jeronimo) em Curitiba, além de converter três unidades Jeronimo para esse modelo.
A administração reafirmou seus planos para 2025, enfatizando a continuidade da expansão gradual, a busca por eficiência e o compromisso com a qualidade, além da satisfação de clientes e colaboradores. “Nosso plano para 2025 permanece inalterado”, afirmou Durski.
Excluindo um benefício extraordinário do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), o lucro líquido caiu para R$ 25,4 milhões. Contudo, esse valor ainda representa um aumento quase dez vezes maior em comparação ao mesmo período do ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) atingiu R$ 167 milhões, uma alta de 12,5% em relação ao ano passado. Sem considerar o PERSE, o EBITDA foi de R$ 137,3 milhões.
A receita líquida total da companhia alcançou R$ 517,1 milhões, registrando um crescimento de 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Sem o apoio do programa emergencial, a receita seria de R$ 477,7 milhões. As vendas em restaurantes com mais de 12 meses de operação cresceram 6,1% na comparação anual, com o formato híbrido apresentando o maior aumento nas vendas, de 35,9%.
A expansão da rede impulsionou os investimentos (CAPEX), que totalizaram R$ 62,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 325,2% em comparação com o mesmo período de 2024. Desses investimentos, R$ 42 milhões foram atribuídos às novas unidades abertas.
Entretanto, o endividamento da companhia também registrou um crescimento, com a dívida financeira líquida alcançando R$ 774,5 milhões, um aumento de R$ 211 milhões em relação ao final de 2024. Esse crescimento foi atribuído ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio. O índice de alavancagem (Dívida Líquida / EBITDA Anualizado) subiu para 1,19 vez, em comparação com 0,93 vez no quarto trimestre de 2024.
A administração considera que esse aumento é transitório e projeta uma recuperação na tendência de redução da alavancagem nos próximos trimestres. Em fevereiro, o Madero captou R$ 130 milhões por meio de sua sétima emissão de debêntures e mais R$ 70 milhões em notas comerciais escriturais privadas.