Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão de segunda-feira, 5 de junho, em queda. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciou que aumentará a produção em junho, adicionando 411 mil barris por dia, o que exacerbou as preocupações sobre o excesso de oferta no mercado global.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho recuou 1,99%, equivalente a US$ 1,16, fechando a US$ 57,13 o barril. Já o petróleo Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve queda de 1,73% (US$ 1,06), terminando a US$ 60,23 por barril.
A decisão da Opep+ provocou uma liquidação significativa de contratos. Para Neil Crosby, da Sparta Commodities, o aumento na produção poderá ser “insuficiente para conter os volumes reais dos produtores, que estão cronicamente acima da cota”. Além disso, as refinarias estão saindo do período de manutenção com margens robustas, e espera-se uma redução sazonal nos estoques de petróleo nos Estados Unidos e nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Alex Hodes, da StoneX, alerta que a queda nos preços do petróleo bruto está levando empresas de petróleo e gás dos EUA a reavaliar suas operações. “Os produtores começaram a cortar equipes de fraturamento e perfuração à medida que os preços voltaram a um território de baixa”, afirmou. A Baker Hughes reportou a retirada de quatro sondas de petróleo na semana passada, o que reduziu o total para 479, o menor número desde o fim de janeiro. Hodes acrescenta que, com o aumento da oferta pela Opep+ nos próximos meses, a atividade de produção nos EUA deverá continuar em queda.
Adicionalmente, os contratos futuros se recuperaram levemente durante o dia, impulsionados por tensões geopolíticas, como o anúncio de Israel de um plano para capturar toda a Faixa de Gaza e ataques no Iémen em retaliação aos Houthis.