A semana encerra com atenção ao cenário econômico dos Estados Unidos, onde dados relativos à inflação e aos gastos dos consumidores estão sendo monitorados de perto. As informações podem indicar os próximos passos do Federal Reserve em relação à política de juros, enquanto o Banco Central do Brasil também se encontra sob análise no mercado.
Uma sequência de dados divulgados na quinta-feira revelou que a economia norte-americana continua robusta. Atualizações recentes indicam que os operadores do mercado estão precificando cortes de juros em torno de 39 pontos básicos até dezembro, uma leve redução em relação à estimativa de mais de 40 pontos registrada no início da semana.
Os olhos se voltam para a divulgação, programada para às 9h30, do índice de Preços de Consumo Pessoal (PCE), a medida de inflação preferida do Fed. Este dado tem o potencial de afetar as expectativas sobre possíveis cortes de juros, especialmente em um contexto em que os investidores ponderam o impacto de novas tarifas sobre diversos produtos importados.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou recentemente tarifas de 100% sobre medicamentos de marca, 25% sobre caminhões pesados e 50% sobre armários de cozinha, o que pode influenciar ainda mais o cenário econômico.
No Brasil, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, participa, por videoconferência, de uma discussão sobre política monetária promovida pelo Citi, às 11h. Na véspera, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, reiterou que a instituição permanece “dependente de dados” para definir sua trajetória de juros e destacou a tendência de uma suavização na atividade econômica.