O técnico do Golden State Warriors, Steve Kerr, está enfrentando um desafio importante antes do início da temporada. Com o primeiro jogo da liga marcado para ocorrer contra o Los Angeles Lakers, Kerr precisa ajustar sua estratégia para lidar com os diversos jogadores do elenco e encontrar as melhores combinações durante as partidas.
Na última temporada, Kerr utilizou 38 formações titulares, um número que ele gostaria de reduzir. No entanto, as circunstâncias podem exigir que ele altere essa estratégia, especialmente devido à idade dos principais jogadores da equipe. A preocupação é preservar a performance deles para os momentos decisivos da temporada. Kerr destacou a importância de encontrar as combinações certas entre os jogadores, pois isso pode influenciar o desempenho do time.
Um exemplo é o veterano Al Horford. O jogador de 39 anos é conhecido por sua inteligência em quadra e sua habilidade em arremessar de longa distância. No entanto, devido à sua idade, Horford não poderá jogar em todas as noites, e sua presença será gerenciada em cada partida. Kerr acredita que, quando Horford estiver em quadra, ele pode se complementar bem com Jonathan Kuminga, oferecendo opções valiosas na ofensiva.
Outra questão é o jogador Gary Payton II, que, apesar de seu tamanho menor, tem a versatilidade para atuar em múltiplas funções. Ele é mais eficiente jogando ao lado de Steph Curry. No entanto, as lesões já são uma preocupação constante na carreira de Payton, o que pode afetar sua utilização ao longo da temporada.
Kerr também enfrentou seu primeiro obstáculo quando soube que Moses Moody, um jogador importante para a equipe, estará fora do jogo de abertura devido a uma lesão na panturrilha. Com isso, a necessidade de formar a melhor combinação de jogadores se torna ainda mais crítica. Kerr comentou que, em algumas temporadas, a rotatividade de jogadores pode ser decidida rapidamente, mas neste ano ele gastou um longo tempo planejando as diferentes formações que podem ser utilizadas, o que indica que a situação não está bem definida, especialmente sem Moody.
Normalmente, as equipes da liga utilizam de nove a dez jogadores em cada jogo, mas na temporada anterior, Kerr experimentou uma rotação maior, usando até 14 atletas em algumas partidas. O time teve um início forte, mas logo perdeu sua identidade e caiu na classificação geral. Kerr reconheceu que, apesar de estar confortável em usar uma rotação mais ampla, é mais provável que permaneça com cerca de 11 jogadores. Ele mencionou que, nas primeiras semanas da temporada, será necessário encontrar as melhores combinações, que podem ser infinitas, mas não são simples.
Um dos jogadores que chamam a atenção de Kerr é Gui Santos. Embora seus números não sejam os mais impressionantes, a maneira como ele se articula com Curry é o que importa. Na temporada anterior, Santos teve uma das melhores performances em quadra quando jogou ao lado de Curry, ajudando a criar oportunidades de pontos. Kerr observa que jogadores que entendem como aproveitar o espaço criado por Curry são fundamentais para o time.
Santos também aprendeu a jogar junto a estrelas como Jimmy Butler. O jogador lembra que Butler lhe sugeriu permanecer em uma posição específica em quadra, mostrando a importância de se adaptar ao estilo de jogo de cada atleta.
Desde a chegada de Butler, a equipe parece ter encontrado o equilíbrio necessário. Kerr observou que, assim que conseguiram estabilizar a escalação após a contratação de Butler, a equipe melhorou significativamente, conquistando 23 vitórias em 30 jogos. Para a temporada atual, Kerr terá que lidar com a ausência de Moody e possivelmente utilizar diferentes formações iniciais logo no início.
A escolha do quinteto inicial é um aspecto fundamental, mas, segundo Kerr, a combinação correta de jogadores em campo, ao longo das partidas e da temporada, é o que realmente faz a diferença para os Warriors. O desafio começa com o jogo de abertura em Los Angeles, e será necessário ver como o técnico irá manobrar o elenco para corresponder às expectativas.