O ano de 2025 foi marcado por mudanças significativas na televisão brasileira, com o fim de sociedades e parcerias importantes. A RedeTV! e a CNN Brasil tiveram alterações em sua estrutura societária, enquanto a TV Gazeta fez uma reformulação completa em sua equipe de alto escalão. Essas mudanças geraram expectativas sobre como será a programação dessas emissoras em 2026.
Em agosto, a CNN Brasil anunciou a saída de João Camargo do cargo de chairman, posição que ocupava desde outubro de 2022. Camargo era sócio minoritário da emissora, junto com Rubens Menin, que controla o canal. A empresa informou que Camargo decidiu deixar a função para se dedicar a outros projetos. No entanto, nos bastidores, houve divergências entre ele e Menin sobre a direção estratégica do canal, o que contribuiu para o rompimento da parceria. A saída de Camargo não foi pacífica, e a tensão entre os sócios ficou evidente especialmente após a criação de um projeto de Rádio CNN Brasil no Rio de Janeiro, que acabou sendo cancelado sem muitas explicações após a saída do executivo.
Ainda em dezembro, outra surpresa no mercado veio com a saída de Marcelo de Carvalho da sociedade com Amilcare Dallevo Júnior na RedeTV!, após 26 anos de associação. A emissora foi fundada por eles após a falência da TV Manchete. Fontes indicam que Marcelo Carvalho já havia considerado o fim da parceria e estava pensando em se mudar para a Itália. Com isso, a RedeTV! enfrentará o próximo ano sob a direção de apenas um sócio pela primeira vez desde sua criação.
A RedeTV! divulgou um comunicado destacando a importância de Marcelo na construção da emissora, reconhecendo seus esforços e contribuições ao longo dos anos.
Na TV Gazeta, em São Paulo, a situação também foi de mudança. A emissora fez uma grande reestruturação ao demitir Sérgio Felipe dos Santos, que era superintendente geral há mais de 30 anos, além de Marines Rodrigues, que cuidava da programação, e Silvio Alimari, também superintendente. Segundo a TV Gazeta, essas demissões foram parte de uma estratégia de reestruturação definida pelo novo estatuto da Fundação Cásper Líbero, cujo presidente é Alípio Rodrigues Linhares. Essa troca de comando em massa representa uma das maiores alterações de gestão na emissora nos últimos tempos.
Mudanças também ocorreram em emissoras públicas. Em maio, a TV Cultura passou a ser presidida por Maria Ângela de Jesus, a primeira mulher negra a liderar a Fundação Padre Anchieta, uma nomeação feita pelo governo de São Paulo. Em agosto, André Basbaum foi escolhido como novo presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que administra a TV Brasil.
Além disso, outra mudança significativa aconteceu em setembro, quando o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu uma decisão que obrigava a Globo a manter um contrato com a TV Gazeta de Alagoas, uma emissora que estava em recuperação judicial. Essa decisão permitiu que a Globo encerrasse uma parceria de 50 anos, resultando na transmissão da TV Asa Branca, que agora ocupa esse espaço. Esses acontecimentos refletem um período de transições importantes na televisão brasileira, com impactos que serão observados nos próximos anos.



