O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que seu governo está em negociações com a China para estabelecer um acordo tarifário. Em uma entrevista à revista Time, publicada na última sexta-feira, 25 de outubro, Trump revelou que recebeu uma ligação do presidente chinês, Xi Jinping.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, juntamente com outros oficiais do governo, corroboraram as informações sobre as negociações, embora Pequim tenha contestado o andamento das conversas. Trump destacou que não vê a disposição de Xi como um sinal de fraqueza e expressou a expectativa de anunciar um conjunto completo de acordos nas próximas três a quatro semanas. “Existem números que eles considerarão aceitáveis, mas não deve haver um ganho de um trilhão de dólares para eles em nossas transações”, afirmou.
Na sexta-feira, a China anunciou a isenção de algumas importações dos Estados Unidos de tarifas que chegam a 125%. Além disso, solicitou que as empresas identifiquem produtos essenciais que precisam ser excluídos de taxas, um movimento que indica as preocupações de Pequim com as repercussões econômicas da guerra comercial em curso.
Essa ação, que ocorre após relatos de um possível alívio na tensão entre as duas nações, sugere que as duas maiores economias do mundo estão buscando formas de controlar seu conflito, que tem prejudicado uma significativa parte do comércio bilateral e intensificado os temores de uma recessão global. Até o momento, a China não divulgou oficialmente os detalhes sobre as isenções.
No dia anterior, 24 de outubro, Trump e representantes de Pequim apresentaram narrativas divergentes sobre a possibilidade de uma trégua. O porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, opôs-se às afirmações de Trump, descrevendo um acordo como “tentar pegar o vento”. Ele reiterou que a posição da China permanece firme e que está aberta a consultas e diálogos baseados em respeito mútuo.
Fonte: Reuters e Agência Estado