A Petz (PETZ3) encerrou o mês de setembro com uma perda de 4,53%, enquanto se prepara para a fusão com a concorrente Cobasi. Para 2025, a expectativa de perda aumenta ligeiramente, alcançando 5,25%. O mercado aguarda desdobramentos sobre essa junção, que estão se revelando mais complexos do que o previsto inicialmente.
Atualizações sobre a fusão, analisadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), indicam que o processo pode avançar a um ritmo mais lento. Apesar do otimismo de ambas as empresas em relação à ratificação da decisão da superintendência do Cade, que previa a aprovação da operação sem restrições, o prazo para a conclusão da análise deverá ser estendido.
Em um comunicado no início de setembro, a Petz informou que Sérgio Zimerman, acionista controlador da companhia, reduziu sua participação no capital social, diminuindo sua presença de 46,73% para 41,74%.
A aprovação da fusão em março, durante uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), foi recebida positivamente pelo mercado. Contudo, o JPMorgan avaliou que, apesar das expectativas de aprovação pelos acionistas, isso não representou um impulso significativo para as ações da empresa. O próximo passo crucial é a análise antitruste pelo Cade, um processo que pode levar até 240 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias. Esse prazo começou a ser contabilizado em 7 de fevereiro.
No dia 29 de agosto, o Cade anunciou a prorrogação do prazo legal para a análise do caso, que anteriormente se encerraria em 3 de outubro. Na última quinta-feira (4), o relator do caso, José Levi Mello do Amaral Júnior, solicitou um estudo econômico sobre o mercado de varejo pet, tanto físico quanto online.
Apesar das incertezas em torno da fusão com a Cobasi, analistas consultados pelo InfoMoney acreditam que o mercado de produtos para pets ainda possui potencial promissor e que há valor a ser explorado nesse setor.