Após uma recuperação observada na segunda-feira, 13 de novembro, o JPMorgan projeta que a volatilidade nos mercados continuará nos próximos dias. O banco identificou um aumento significativo na volatilidade implícita e realizada na última sexta-feira, o que levará fundos que operam com metas de volatilidade a reduzir sua alavancagem de 77% para 61%. Essa mudança pode resultar em vendas adicionais de até US$ 30 bilhões em ações, mesmo que a recuperação persista.
Esse movimento segue o impacto da queda acentuada de sexta-feira, provocada pelas ameaças do ex-presidente Donald Trump de implementar novas tarifas sobre a China, que desencadearam liquidações automáticas em carteiras sistemáticas e fundos alavancados.
O Goldman Sachs reforçou que o aumento da incerteza surgiu após este episódio, com investidores refazendo análises sobre as declarações de Trump, que indicou que “tudo ficará bem” e que os EUA “não querem prejudicar a China”. O banco acredita que tais comentários possam representar uma pausa tática antes das discussões na APEC. Embora o risco de novas restrições comerciais tenha aumentado, há espaço para prolongar a trégua tarifária.
Matthew Ryan, da Ebury, observa que os mercados estão “cautelosamente confiantes” de que as ameaças de Trump possam ser mais retóricas do que efetivas, sustentando assim parte da recuperação observada. Nos próximos dias, é esperado que o mercado passe por ajustes técnicos e oscilações rápidas, enquanto os investidores tentam determinar se o atual alívio é um ponto de virada ou apenas mais uma pausa nas tensões entre EUA e China.