O consumo no varejo supermercadista brasileiro registrou um crescimento de 2,79% em setembro em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme os dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a agosto, houve uma queda de 0,94%, atribuída a fatores sazonais.
No acumulado de 2023, o índice apresenta uma alta de 2,67%, o que se alinha à projeção da Abras de um crescimento de 2,7% para 2025. O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, ressaltou que a semana extra em agosto e o aumento no consumo em função do Dia dos Pais influenciaram os resultados de setembro, uma vez que esta data é tradicionalmente um dos principais impulsionadores do consumo no terceiro trimestre.
Um aspecto interessante do relatório de setembro é a mudança nas preferências dos consumidores. Na categoria de produtos básicos, a participação de itens de preço médio aumentou de 46,3% para 55,2%, enquanto os produtos de preço baixo caíram significativamente, passando de 51,6% para 42,4%. Na seção de mercearia, a busca por produtos de preço alto também teve um incremento, subindo de 14,4% para 17,4%. No segmento de perecíveis industrializados, a participação foi similar, crescendo de 22,5% para 24,3%. Além disso, em higiene e beleza, o consumidor também preferiu itens de preço médio, que subiram de 23,1% para 25,4%.
O cenário para o restante do ano é otimista. Milan destacou que o aumento da renda disponível, aliado às datas promocionais e à expectativa de pagamento do 13º salário, cria um ambiente propício para a continuidade do consumo nos meses seguintes. Em sua avaliação, “o consumo tende a se manter em ritmo de crescimento até dezembro, sustentado pela estabilidade dos preços e pela melhora gradual do mercado de trabalho”, afirmou ele em um comunicado à imprensa.



