O dólar à vista apresentou leve alta em relação ao real nas primeiras transações de terça-feira, recuperando parte das perdas registradas na véspera. Esse movimento ocorre em um contexto de alívio tarifário nos Estados Unidos, enquanto investidores aguardam a divulgação de importantes dados econômicos ao longo da semana.
Entre essas informações, destaca-se o relatório JOLTs, que traz dados sobre o mercado de trabalho dos EUA, programado para ser divulgado às 11h (horário de Brasília).
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil, também está em foco. Ele participará de uma coletiva de imprensa em Brasília, onde abordará o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) às 11h.
Às 10h59, a cotação do dólar à vista subia 0,09%, negociado a R$5,653. Na B3, o contrato futuro de dólar com primeiro vencimento avançava 0,01%, a R$5,658.
No fechamento da segunda-feira, o dólar à vista caiu 0,73%, encerrando a R$5,6485. O Banco Central realizará um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento previsto para 2 de junho de 2025.
Cotações do dólar
- Dólar comercial:
- Compra: R$ 5,653
- Venda: R$ 5,653
- Dólar turismo:
- Compra: R$ 5,699
- Venda: R$ 5,879
O movimento da moeda brasileira ocorre em meio a um clima mais favorável para o dólar no exterior, com pequenos avanços em relação a outras divisas fortes, como o euro e o iene, além de pares emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano. Esses ganhos são impulsionados pelo recente alívio na política comercial dos EUA, onde autoridades anunciaram a redução das tarifas sobre peças estrangeiras utilizadas na produção de automóveis no país.
Além disso, o acordo busca evitar a acumulação de tarifas sobre veículos estrangeiros, uma medida que o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, qualificou como uma “grande vitória” para as políticas governamentais. Este alívio nas tarifas ajudou a durante um período de incertezas que afetaram o desempenho do dólar.
Como resultado, o índice do dólar — que avalia o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas — subiu 0,22%, alcançando 99,256.
No entanto, ainda persiste um certo grau de cautela nos mercados, pois os investidores aguardam a divulgação de dados que podem impactar a bolsa e o câmbio, incluindo o relatório mensal de emprego dos EUA, previsto para ser divulgado na sexta-feira, com expectativas de desaceleração na criação de novos postos de trabalho. Na quarta-feira, serão liberados dados sobre inflação e Produto Interno Bruto (PIB), que também merecem destaque.
A incerteza persistente em torno da guerra comercial entre os EUA e a China, bem como a avaliação de comentários adicionais do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, devem seguir influenciando o mercado.
No último fechamento, o dólar à vista acumula uma queda de 8,61% frente ao real este ano, registrando o recuo pela sétima sessão consecutiva.
(com Reuters)