(Reuters) – A General Motors anunciou, nesta terça-feira, a previsão de uma despesa de US$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre. Essa medida faz parte de uma reformulação em sua estratégia de veículos elétricos, especialmente após a eliminação de um importante incentivo federal que tem potencial para reduzir a demanda por esses automóveis nos Estados Unidos.
A indicação da GM reflete os desafios que as montadoras norte-americanas enfrentam para ajustar seus planos de produção diante da recente desaceleração na procura por veículos elétricos.
O mercado de veículos elétricos tem sido pressionado ainda mais pela retirada do crédito fiscal federal de US$ 7.500, uma medida que representa um grande suporte financeiro ao setor. Executivos do setor automotivo alertam sobre a expectativa de uma queda acentuada nas vendas de automóveis elétricos a bateria a curto prazo, antes de uma possível recuperação.
Em um comunicado, a GM expressou a expectativa de que “a taxa de adoção de veículos elétricos diminua” em decorrência das recentes alterações, incluindo o fim de certos incentivos fiscais para consumidores, além da flexibilização das regras de emissões. A montadora ressaltou: “A despesa é um item especial motivado pela nossa expectativa de que os volumes de veículos elétricos serão inferiores ao planejado devido às condições do mercado e às mudanças no ambiente regulatório e político.”
Adicionalmente, as montadoras estão se esforçando para mitigar os impactos das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que resultaram em um prejuízo de US$ 1,1 bilhão para a GM no trimestre anterior. A empresa projeta um impacto no resultado final entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões para este ano e afirmou que poderia implementar ações para compensar ao menos 30% desse efeito financeiro.
(Reportagem de Utkarsh Shetti e Shivansh Tiwary em Bengaluru)