Os contratos futuros de petróleo enfrentaram alta volatilidade nesta quinta-feira, 16, e encerraram o dia em queda, atingindo o menor valor desde o final de maio. O movimento foi influenciado pelo clima de aversão ao risco que permeou o mercado financeiro de Wall Street. A commodity acentuou sua desvalorização no fechamento do pregão após o presidente dos EUA, Donald Trump, informar sobre avanços nas negociações com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em busca de um fim para a guerra na Ucrânia.
O petróleo WTI para novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), despencou 1,39%, ou US$ 0,81, fechando a US$ 57,46 por barril. Já o Brent para dezembro, comercializado na Intercontinental Exchange (ICE) de Londres, recuou 1,37%, caindo US$ 0,85, para US$ 61,06 o barril.
Em sua rede social, Trump descreveu sua conversa telefônica com Putin como “muito produtiva” e anunciou um encontro futuro em Budapeste, na Hungria, a fim de discutir o encerramento da guerra. O presidente norte-americano também está agendado para se reunir com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na Casa Branca nesta sexta-feira.
Durante parte do dia, os preços do petróleo chegaram a registrar alta em resposta à declaração do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, sobre a interrupção das importações de óleo russo, enfatizando o papel da Índia no esforço pela paz na Ucrânia.
Além disso, investidores monitoraram os estoques de petróleo nos EUA, que aumentaram em 3,524 milhões de barris na semana passada, conforme reportado pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE). Essa cifra contrasta com a expectativa de analistas do The Wall Street Journal, que previa uma redução de 1,1 milhão de barris.
A consultoria Eurasia prevê que o preço do petróleo continuará a cair até o final do ano. Segundo os especialistas, o Brent tem sido negociado entre US$ 65 e US$ 75 por barril desde julho, mas a expectativa é que este valor diminua para um intervalo de US$ 55 a US$ 65 até dezembro e permaneça nessa faixa durante o primeiro trimestre de 2024, tendo em vista que o aumento da oferta deve superar o crescimento lento da demanda.